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“VII D’ Ovar Pr’ Ovar” sob o signo do número 7

No passado sábado dia 06 de Dezembro de 2014, teve lugar no palco do Centro de Artes de Ovar, mais uma edição do já afamado espectáculo “D’Ovar Pr’Ovar”, um evento incontornável do panorama musical e cultural ovarense.

Inserido na comemoração do 203.º aniversário da Banda Filarmónica Ovarense, esta foi a 7ª edição do “D’Ovar Pr’Ovar”.

Desde a sua génese, este evento teve por fundamentos trazer ao palco o que de melhor se faz a nível da cultura e música em Ovar, trazendo como convidados várias individualidades e colectividades ovarenses de renome, que conjuntamente com a anfitriã Banda Filarmónica Ovarense proporcionaram um magnífico serão de boa qualidade.

Este ano, o “D’Ovar Pr’Ovar” esteve envolto na mística do número “7” e nas suas referências bíblicas e filosóficas. Todo o programa teve por base esta premissa e foi direccionado para a execução por Banda Sinfónica. Desta forma, e de uma maneira inovadora, a Banda Filarmónica Ovarense apresentou-se em palco num registo de Banda Sinfónica, com a incorporação ao corpo musical e estrutura de banda, das cordas, nomeadamente, Violoncelos, Contrabaixo e o Piano.

Como é já habitual, a Banda Ovarense iniciou o seu concerto com uma homenagem a todos quantos por ela passaram, contribuindo para o seu sucesso e longevidade, interpretando o “Hymno da Banda Ovarense”, da autoria de Joaquim Maria Pereira da Silva

O espectáculo abriu com a interpretação da abertura “Noah’s Ark”, do compositor Bert Appermont, uma obra sobre os feitos bíblicos de Noé, relatando na sua estrutura dividida em quatro quadros, a sua histórica vida.

Da autoria, também, de Bert Appermont, a Banda Filarmónica Ovarense prosseguiu o concerto com a interpretação de “Jericho”, uma obra inspirada na mítica passagem bíblica referente à cidade de Jericho e às batalhas que sofreram e que serviram de mote e enquadramento à numeralogia do número 7, pois esta foi a cidade que 7 sacerdotes conquistaram por uma guerra travada durante 7 dias e 7 noites.

A Banda prosseguiu com a chamada ao palco do pianista Miguel Sousa, que interpretou a solo a peça composta para Banda e Piano a Solo, de Harry Richards “Treasury for Piano”, que demonstrou pela mestria da técnica e sentido musical do pianista as suas qualidades enquanto pianista, numa peça de elevado grau de dificuldade.

O concerto contou com a presença de Laura Santos, a soprano ovarense que interpretou a obra “Panis Angelicus”, de Cesár Frank, acompanhada pela Banda.

Seguiu-se a interpretação do tema de fado “Chuva”, popularizado pela fadista Mariza, que foi arranjado para Banda pelo compositor Samuel Pascoal, pela cantora Joana Silva.

Desta vez, do meio do corpo musical da Banda Ovarense foi apresentado o tema com arranjo para banda de Samuel Pascoal “O Mar Fala de Ti”, pela voz da cantora e flautista Eliana Amaral.

Seguiu-se mais um tema da memória musical de muitos, o tema “Telepatia”, popularizado pela cantora Lara Li, que foi interpretado num arranjo para banda de Samuel Pascoal, pela cantora Joana Silva.

Terminando a subida ao palco dos convidados, a banda acompanhou a soprano Laura Santos, na obra “I Dreamed a Dream” do famoso musical “Les Miserábles”, com arranjo para banda da intérprete.

Como maneira de trazer a este trabalho sinfónico, o seu cariz popular e que está intimamente relacionado com a génese, história e atividade da Banda Ovarense, o maestro Ascendino Silva interpretou a obra de Luís Cardoso “Suite Rapsódica”.

Como é normal nestes concertos, a Banda Ovarense terminou o seu concerto com a interpretação da popularmente conhecida marcha de Johann Strauss I “Radetzky March”.

Como não podia deixar de ser, e como agradecimento ao magnífico público, a Banda Ovarense interpretou com ‘encore’ a obra com arranjo de Toshihiko Sahashi “Deep Purple Medley”, que congrega enquanto ‘medley’, vários temas do famoso grupo britânico Deep Purple.

Este foi mais um espectáculo com o selo da qualidade que a Banda Filarmónica Ovarense nos tem habituado, trazendo ao palco grandes intérpretes e artistas ovarenses, proporcionando sempre um grande serão.

Este evento não seria possível sem o trabalho constante do corpo musical e da direcção artística da banda, sem o apoio dos seus corpos gerentes, de todos quantos enquanto parceiros e colaboradores contribuem para a continuidade do trabalho da Banda e em especial a todos os convidados que com a sua mestria, alegria e profissionalismo trouxeram um pouco de si para cima de palco e o partilharam com a Banda Ovarense e toda a plateia.

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