O cheiro a sardinha vai andar no ar. Mas não vai ser o único. O Largo dos Combatentes, outrora “salão de festas” da comunidade vareira (o Velho Teatro Ovarense era ali ao lado, lembram-se?), vai também respirar o odor da vida, com a cor e a música ofertadas num “cardápio” em que a alegria e a felicidade não vão faltar à chamada.
Nos finais dos anos 60, início dos anos 70 do século passado, o Orfeão de Ovar organizava as Verbenas por ocasião dos Santos Populares, ao sábado, no Largo dos Combatentes.
Segundo os mais antigos, tapava-se as “vistas” para o interior do recinto com um tapume até à parede da escola onde se fazia a entrada paga, salvo erro, a vinte cinco escudos com direito a mesa.
Depois colocavam-se mesas, instalava-se a “cozinha” na escadaria que dá para a fonte onde se fazia caldo verde e as sardinhas assadas.
Convidavam-se os artistas da rádio e tv mais badalados da época, como foi o caso do António Calvário, Artur Garcia, Paulo de Carvalho, Amália Rodrigues, etc. Havia alegria e festa no ar.
A União das Freguesias de Ovar (UFO) decidiu em 2018, reactivar a tradição das Verbenas, no Largo dos Combatentes em dois dias a meio de junho.
A pandemia interrompeu mas a festa volta a resistir enquanto prova de que há lugares da nossa cidade com características únicas para oferecer um “cocktail” de experiências suficientemente capazes de agarrar quem já perdeu ou ainda não tem o hábito de marcar Ovar como ponto de encontro.