Covid-19

Vacina contra a Covid-19 testada pela Pfizer e BioNTech pode chegar ao mercado no fim do ano

Uma vacina experimental produzida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech mostrou-se promissora na batalha contra o novo coronavírus. O imunizante, anunciado pelas empresas nesta quarta-feira, estimulou de forma considerada satisfatória a resposta imunitária de pacientes saudáveis ao vírus. A droga também foi bem tolerada pelo organismo das pessoas testadas, embora tenha provocado efeitos colaterais como febre, quando aplicada em doses mais altas.

Este é o quarto projecto de combate à Covid-19 que chega à fase de testes em humanos com resultados promissores. No último sábado (27), a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca informaram que também trabalham no desenvolvimento de uma vacina. No total, 17 compostos já entraram na corrida global pela protecção contra o Sars-Cov-2.

O teste patrocinado pelas empresas envolveu 45 voluntários entre 18 e 55 anos, que receberam três aplicações cada, em intervalos aproximados de 21 dias. Doze pessoas foram inoculadas com 10 microgramas da vacina, 12 tomaram 30 microgramas, outros 12 foram tratados com 100 microgramas. Para nove participantes, a injecção foi de placebo.

Em todas as dosagens, a vacina revelou-se eficaz na estimulação da produção de anticorpos contra o coronavírus. Algumas versões demonstraram ainda capacidade de neutralizar o vírus. Segundo a Pfizer, o próximo passo é a realização de estudos para comprovar a competência do imunizante para reduzir em pelo menos 50% a vulnerabilidade ao micróbio.

A droga também provocou efeitos colaterais, que os pesquisadores não consideraram significativos. Um deles foi febre – sintoma apresentado por 8,3% dos integrantes do grupo de menor dose (10 mcg) e 75% dos participantes do grupo de dose intermediária (30 mcg). Outra ocorrência registrada foram disturbios de sono. Nenhum dos casos exigiu hospitalização.

Se as próximas etapas forem bem-sucedidas, a expectativa é de que os laboratórios iniciem a produção em larga escala até o fim deste ano.

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