Um Vareiro em Pequim! – Rosendo Costa (I)
Chamo-me Rosendo Costa, sou natural de Ovar, tenho 29 anos e encontro-me na China a trabalhar como advogado para uma sociedade de advogados portuguesa.
Vim para cá em 2014 através do escritório de advogados em Lisboa. Inicialmente iria ficar seis meses e depois regressar… no entanto, esses seis meses tornaram-se em anos um após um, gostei de cá estar, tem coisas boas e más mas não quis regressar.
Tive a oportunidade de visitar cerca de 30 cidades na China porque o trabalho assim o exige, não só para me encontrar com clientes como fazer conferências ou apenas viajar.
GOSTO DE PEQUIM
Pequim é uma cidade única e grande, imensamente grande, não se sabe bem onde começa nem se sabe bem onde termina. Com umas dezasseis linhas de metro mais extensões, seis anéis (circulares auto-estradas construídas do centro para o exterior da cidade), faixas de rodagem de seis vias cada, avenidas gigantes em largura e sem fim, é mesmo uma megacidade.
Gosto de Pequim pela vida, por ser uma cidade que nunca dorme, pelas luzes, pela sensação de vida nas ruas, pelos pequenos detalhes da vida quotidiana local como os velhotes a jogar “mahjong”, as lojas e os carros de venda ambulante de “baozi” (stuffed buns), pelo Templo de Verão, o Tempo do Céu, o mercado de velharias de Panjiayuan, os passeios e barbecues no central Parque de Chaoyang (o maior da cidade), os jantares com os amigos no distrito ocidental de Sanlitun, os seus imensos e magestosos edifícios e centros comerciais com cinema barato em todo lado, pela comida local barata, por ser uma cidade super segura, super bem interligada e cheia de infraestruturas, mas, apesar de tudo, viver aqui não é fácil.
(Nota de Redacção: Primeira parte de uma série de artigos em que o nosso conterrâneo Rosendo Costa nos dá conta da aventura que é viver na Capital da China, Pequim!)