Terapia de Casal: como saber quando procurar ajuda?
A vida conjugal está pautada por um conjunto de desafios, seja a sua origem motivada por condicionantes pessoais, profissionais ou até económicas.
Viver a dois implica reassegurar, uma e outra vez, que a parceria se mantém harmónica e assente numa comunicação ativa. Por vezes, nutrir um relacionamento amoroso passa por estimular uma quebra de padrões comportamentais negativos que se possam estar a formar e a originar discussões.
É aí que entra a terapia de casal, um ramo da psicologia essencial para resolver potenciais disputas. Procurar a ajuda dos melhores psicólogos portugueses poderá ser a receita para uma relação longa e feliz. Inclusive, uma pesquisa por “terapia de casal aveiro” permitirá encontrar a ajuda mais qualificada na sua área de residência.
A Terapia Conjugal não deve ser vista como último recurso
Os e as profissionais especializados(as) em terapia de casais ou terapia conjugal encontram, nos seus e suas pacientes, uma constante interpretação adulterada do momento indicado para pedir ajuda.
Tentar resolver um conflito presente numa relação amorosa não deverá ser uma resolução relegada para o limiar do ponto de rutura. Antes pelo contrário, a terapia preventiva é essencial para que pequenas divergências sejam mitigadas antes de se tornarem irresolúveis.
Se a base de afetos originada no período de enamoramento inicial estiver comprometida, aí o trabalho de recuperação da estabilidade será mais moroso.
O que é a Terapia de Casal?
A terapia de casal adequa-se a casais que estejam a sentir dificuldades nas suas relações. É um recurso terapêutico que exige a colaboração de ambas as partes, a disponibilidade emocional para reconhecer problemas e uma vontade expressa no sentido da mudança. Para lá de identificar os obstáculos, cabe à terapia de casal traçar estratégias para os ultrapassar.
A terapia de casal pode ser essencial para a observação de melhorias na vida conjugal e ocupa-se de um conjunto de preocupações recorrentes como:
- Incapacidade de comunicação e desentendimentos regulares entre os parceiros românticos.
- Insatisfação do ponto de vista íntimo, como redução significativa do contacto sexual recorrente.
- Traições do ponto de vista emocional e infidelidade matrimonial.
- Dificuldade em lidar com desafios quotidianos que instauram a rotina e relegam a paixão para segundo plano (por exemplo questões relacionadas com a educação dos filhos ou problemas financeiros e/ou laborais)
- Desunião perante grandes mudanças estruturais, como a chegada de um novo membro da família ou a morte de um familiar ou amigo próximo.
Qual é o objetivo último desta terapia?
O terapeuta ou terapeuta deverá capacitar o casal com novas ferramentas de comunicação, as quais irão permitir a resolução de conflitos que de outra forma poderiam escalar.
De forma alguma se prevê que o casal passe a requerer a ajuda de terapia sempre que surja uma altercação. Antes, a autonomia é não só incentivada como imprescindível para um aconselhamento bem-sucedido.
As sessões de terapia de casal têm por norma uma recorrência semanal no período de maior necessidade, embora possam também ser quinzenais.
A reincidência irá depender da progressão do casal e da sua disponibilidade a nível pessoal e económico. Caso pesquise por preço consulta psicologia compreenderá qual a solução mais apropriada para si.
Quais as ferramentas empregues?
A terapia irá munir-se de ferramentas capazes de gerar um diálogo construtivo. A mediação desta conversação ficará a cargo do ou da profissional de psicologia.
Uma das chaves para o sucesso será atingir um entendimento relativo a um discurso mais positivo que possibilite a minimização de ressentimentos não verbalizados que acabam por corroer qualquer relacionamento.
Esta comunicação mais positiva atinge-se através de uma combinação frequente entre terapia em conjunto e/ou individualizada.
Caso o conflito escale, e o par já não consiga partilhar o mesmo espaço sem irromper em discussões sonoras, então algum distanciamento e perspetiva um-a-um com o ou a terapeuta será recomendável. Caso contrário, a terapia irá presumir a constante presença e dedicação de ambas as partes.
A importância da Escuta Ativa
Uma das técnicas pertinentes a reter é a escuta ativa (do inglês active listening).
Este método empregue na resolução de conflitos passa por:
- Ouvir de forma atenta o que o outro tem a dizer.
- Parafrasear o que o ou a parceira comunica, de forma a transmitir que a informação foi assimilada de forma completa.
- Colocar questões adicionais que ajudem a desenvolver o processo de comunicação.
A escuta ativa permite desenvolver confiança, mostrar preocupação e entendimento. Um dos seus trunfos prende-se com a utilização de pequenos elementos de comunicação não verbal, como acenar, manter contacto visual ou aproximar-se ligeiramente do ou da interveniente.
Qual o resultado esperado do processo terapêutico ?
- Inversão da sistemática falta de diálogo que mina cada vez mais as relações, criando mal entendidos e ideias erróneas acerca do que o outro quer ou precisa.
- Um melhor conhecimento daquela que é a identidade de cada um dos membros do casal e preservação da sua individualidade (contrariar a tendência de transgredir o espaço pessoal do outro).
- Capacitação dos intervenientes com a noção de que nunca devem abandonar os gestos românticos ou descurar a intimidade física, valorizando a relação ao longo dos anos e das décadas.
- Uma relativização e hierarquização dos problemas que, depois de discutidos nas sessões, parecem menos relevantes e mais fáceis de gerir.
- A atenuação da violência verbal não filtrada por técnicas de comunicação aprendidas na terapia.
Espera-se que a terapia de casal lhe incuta uma nova e melhorada capacidade empática, a qual permitirá uma comunicação assertiva e não confrontacional. Tal passa por refletir antes de reagir, evitando confronto desnecessário e afastando-se da discussão.