Opinião

Será dendrofobia? – Por José Lopes

O lugar do Casal, em Ovar, foi vítima de uma estranha dendrofobia que persiste na Divisão do Ambiente, na Câmara Municipal de Ovar.

As árvores deveriam merecer mais respeito pelo bem que prestam aos humanos. Aliás, tal deveria ser priorizado e compreendido, particularmente, por serviços públicos.

Mas não, basta a área envolvente de uma árvore dar sinais dos efeitos das suas raizes ao fortalecer a sua ligação ao solo, para ser condenada ao abate.

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Este foi o triste e humilhante destino para as duas árvores que faziam parte integrante do local em que está situado o padrão em granito comemorativo da construção da ponte inaugurada a 21 de abril de 1825, no reinado de Dom João VI e da rainha Dona Carlota Joaquina. Foi inspetor Francisco de Cales, corregedor da comarca da Feira.

Entre uma intervenção na muralha de pedra junto ao rio e a preservação das árvores que envolviam o monumento e decoravam aquele local calcorreado pelo escritor Júlio Dinis, a decisão é sempre a mais fácil: Altera-se a paisagem sem preconceitos ambientais.

Não seria boa ideia organizar visitas pedagógicas, eventualmente a Sintra, para observarem como urbanisticamente se coabita com as árvores, sem ‘fobias’ pouco coerentes com as campanhas ambientais levadas a cabo junto das comunidades escolares?

José Lopes (Ovar)

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