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Senhora das Dores é exemplo a seguir no caminho da Humanidade

“A tradição popular, na sua sabedoria, diz que quando a mãe se encontrou com o filho Jesus, no caminho do calvário, não disse nada. As palavras somem no momento da dor. Mas fizeram algo muito belo: O Senhor aproximou-se de sua Mãe e ela beijou-o”.

O sermão do Encontro da procissão dos Passos deste domingo, presidida por D. Roberto Mariz, Bispo Auxiliar do Porto, foi intenso e emocionante: “Todos sabemos como é que foi quando éramos pequenos e traquinas e acabávamos com os joelhos marcados e íamos a correr para a nossa mãe. E ela dizia: anda cá que dou-te um beijinho e isso passa. E não é que passava?”

O padre continuou: “O que queremos enquanto Igreja de Maria, a Senhora das Dores, é o exemplo mais perfeito do que a Igreja deve ser, do que devemos ser no caminho da Humanidade”.

Engana-se, pois, quem pensa que “as mulheres não são o sexo fraco”. “Quando todos os homens fugiram só elas ficaram ao lado dele. E houve uma que nunca se deixou contagiar com a brutalidade dos soldados e, com um gesto eloquente, limpou o rosto de Jesus. De seu nome Verónica, seria retribuída com a marca do rosto de Cristo naquele pano”.

Este domingo foi, pois uma oportunidade para assistir a uma celebração única, para admirar as magnificas Capelas dos Passos – Imóveis de Interesse Público que datam de 1747 e que as zeladoras tão carinhosamente engalanaram para este dia -, e ainda ouvir os cânticos entoados por alguns elementos do Orfeão de Ovar, em cada uma das capelas.

A população ovarense tem uma enorme devoção pela Procissão dos Passos, também chamada de Procissão do Encontro, uma vez que tem o seu ponto alto no momento do encontro dos andores de Nossa Senhora e Jesus Cristo, em frente ao Passo do Encontro.

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