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Recriando o “Ciclo do Milho” como manda a tradição

No dia de Santo António, na capela vareira, eram muitos os animais que vinham à benção do gado. Hoje, a tradição morreu, mas há quem defenda que a sua peculiaridade justificaria uma recriação.

A exemplo do que sucede na envolvente à Casa-Museu Custódio Prato, no Bunheiro, quw foi palco da primeira fase da recriação do “Ciclo do Milho”, tal como se executava, no concelho da Murtosa, nas décadas de 40, 50 e 60 do século XX.

Foram muitos aqueles que rumaram ao Bunheiro para assistir às tarefas de lavrar e gradar da terra, com recurso a juntas de gado marinhão, culminando com a semeadura do milho, com semeadores e “a lanço”.

A iniciativa foi organizada pelos ranchos folclóricos “As Andorinhas de São Silvestre” e “Os Camponeses da Beira-Ria”, em parceria com o Município da Murtosa e com a Junta de Freguesia do Bunheiro e teve a pretensão de exaltar a importância cultural, histórica, económica e social da cultura do milho, no concelho da Murtosa, enquanto marco de identidade das gentes marinhoas.

A recriação do “Ciclo do Milho” será realizada ao longo do ano, em função das várias fases temporais associadas a esta cultura, sendo cada uma delas alvo de registo fotográfico e vídeo para memória futura.

A iniciativa foi aberta ao público e inclui-se no programa de dinamização da Aldeia do Bunheiro, no âmbito da sua classificação como “Aldeia de Portugal”.

 

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