Raposa desorientada procura abrigo no centro de Albergaria-Velha
Uma raposa debilitada, assustada e desorientada foi fotografada no centro de Albergaria-Velha, em fuga das chamas que lavram há vários dias.
As associações ambientalistas referem que, num cenário destes em que os seus habitats foram destruídos, este é um fenómeno comum. Todavia, alertam que quem quiser ajudar pode disponibilizar água, mas disponibilizar alimento não é aconselhado.
São animais habituados a viver no mundo selvagem, conseguem procurar alimento sozinhos, apesar de a disponibilidade alimentar ser reduzida, conseguem percorrer quilómetros à procura de alimentos.
Deve ter-se em conta que os animais selvagens são muito resilientes, conseguem adaptar-se muito facilmente. Obviamente que, nos primeiros dias, vão sofrer um pouco com fome, mas o instinto vai levá-los a procurar alimento, a novos territórios e a novos habitats.
Os biólogos explicam que, quando se alimenta um animal selvagem, estamos a criar um mau hábito e se ele passar a depender exclusivamente dos humanos, vai ficar domesticado. Por outro lado, se a alimentação for incorreta, vai ficar suscetível a doenças.
Por muito boa vontade e ajuda que se queira dar, não se deve alimentar animais selvagens, principalmente mamíferos, carnívoros, pois perdem a capacidade de se alimentar sozinhos, explicam.
Quando as raposas começam a associar que o humano é uma fonte de comida, vão procurá-la junto das pessoas. Ao aproximarem-se das casas e aldeias, vão encontrar alimento fácil. As pessoas têm galinheiros, patos, pombais….
Por isso, «é importante que as pessoas da zona façam um esforço para não deixar os restos da comida na rua, propositadamente, para alimentar os bichos, devem fazer o oposto. Além de criar o hábito, a comida é processada, cozinhada, condimentada e não é indicada para os animais selvagens”.