Rancho Folclórico da Ribeira de Ovar faz… 63 anos!

E a dançar  passaram 63 anos desde a fundação da Associação Cultural e Recreativa da Ribeira.

Para assinalar a efeméride, a coletividade organiza, amanhã, dia 15 de Julho, pelas 21h30, na sua sede (Estrada da Marinha, 447-A, no Lugar da Ribeira de Ovar), uma Noite de Folclore que contará com a atuação de três ranchos.

A iniciativa demonstra o que tem sido  manter viva a identidade cultural local através dos trajes e das danças e cantares típicos do povo da beira Ria.

Além do rancho aniversariante, estarão presentes o Rancho Etnográfico Samora e o Passado (Benavente – Ribatejo) e o Rancho Folclórico “As Cantarinhas” de Molelos (Beira Alta).

Oriundo de um lugar onde predominava os trabalhos agrícolas, o Rancho aniversariante, que teve inicialmente como designação “Os Ribeirinhos”, continua a contribuir para a preservação do folclore da Região da Beira Litoral “Zona Vareira”, como um notável embaixador das características danças, como os viras, valseado, carrasquinha, tirana, catrapuzana, realista ou mansidão.

No capítulo da etnografia, o Rancho da Ribeira de Ovar nunca se acomodou ao seu património cultural recolhido ao longo de mIs de 60 anos, mantendo-se motivado a aprofundar pormenores que enriqueçam o vasto leque de trajes que exibe nas suas actuações pelo país e saídas internacionais.

Entre a maioria dos trajes, estão identificados os séculos XVIII, XIX e XX com referência para Romeiros (1900), pescadores da praia do Furadouro e lavradores de Ovar (1880), tricana de Ovar (1875), leiteira (1910), noivos de Ovar (1890), lavadeira (1890), Marnoto e Salineira (1900) e o emblemático Capotão Vermelho e chapeirão (1850) que cada rancho ou grupo folclórico de Ovar habitualmente apresenta.

Um historial cultural decorado pela paisagem tipicamente rural que ainda caracteriza os arredores do lugar da Ribeira, ao longo das margens do Rio Cáster até à “Boca do Rio”, com a Ria como cenário de fundo.

Uma paisagem ambiental a que se juntam patrimónios como a ponte de S. Roque ou o Cais da Ribeira à espera de uma solução para o seu assoreamento.