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“Quebra-mares são prioridade do próximo QCA” – Ministro do Ambiente

Os quebra-mares destacados previstos para a costa ovarense não deverão avançar já, mas “serão prioridade e a primeira obra a ser financiada pelo próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA)”.

O anúncio partiu do Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, na praia da Torreira, onde se deslocou para presidir à cerimónia de hasteamento da primeira Bandeira Azul da época balnear.

Se há praias que encontraram solução para o problema, “outras há que tiveram um trabalho importante mas ainda precisam de uma grande intervenção”. “Estamos a falar do concelho de Ovar, sobretudo das praias do Furadouro, Cortegaça e Esmoriz”, apontou.

Falando à margem da sessão, João Pedro Matos Fernandes disse que, “com muito mérito para a Câmara Municipal de Ovar, o que está a ser feito e projectado é um sistema de quebra-mares destacados, não são esporões”.

Ou seja, “no mar, construiremos barreiras paralelas à praia que amorteçam a energia das ondas, um projecto que está a ser estudado pela Agência Portuguesa do Ambiente e Câmara Municipal de Ovar”.

Neste momento, ao nosso jornal fez o ponto da situação: “Já temos o ante-projecto e está a ser instruído o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da intervenção que pode orçar em cerca de vinte de milhões de euros”. Assim, “muito dificilmente estará em condições de ser financiado por este QCA mas quero que seja a primeira obra a ser financiada pelo próximo”.

“Porque é muito importante que avance pois é o nosso ponto mais frágil do litoral, onde muito se fez, mas não há nenhuma intervenção de fundo que tenha sido feita”.

O Ministro do Ambiente aproveitou a sua presença na Torreira para anunciar que com ele, a partir de agora, “todas as intervenções no litoral serão sempre realizadas através de métodos de engenharia natural que não têm efeitos perversos”.

“Obras perpendiculares ao mar acabaram, mas paralelas ao mar e destacadas penso que sim, será um método nem sempre totalmente de engenharia natural, com pedra e enrocamento submarino, fundamental num mar que tem muita energia, mas que se tiver uma barreira natural debaixo de água, dissipa essa energia e fará com que o areal fique mais estável”.

Os três quebramares (dois no Furadouro e um em Cortegaça e outro em Vagos) vão custar cerca de 20 milhões de Euros, sendo que a comparticipação nacional – cerca de 15% do total, suportados pelos Municípios.

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