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Provedora do Animal refuta denúncia de maus tratos

A Provedora Municipal do Animal, Márcia Oliveira, recusa as acusações de maus tratos constantes de uma queixa que deu entrada esta semana na Câmara Municipal e no SEPNA da GNR. “Fizeram quexa de mim por causa de três cães que estão gordinhos e já têm lugar num hotel canino”, desabafa, desalentada.

Em causa está uma comunicação em que um “grupo de cidadãos em defesa do bem estar animal”, apresentou uma denúncia relativa às “condições muito precárias onde se encontram três cães acorrentados, nos anexos de um terreno vedado na Rua da Madria, encontrando-se também gatos fechados num anexo contíguo, não sabendo as condições em que se encontram”.

Márcia Oliveira confirma que os animais estão à sua responsabilidade. “As pessoas não sabem que quando os recolhi, estavam em muito mau estado, corriam risco de vida”. “Hoje, estão alimentados, desparasitados e abrigados. Estão presos para não fugirem para a estrada onde correm o risco de serem atropelados”.

A responsável assegura que os animais encontram-se ali provisoriamente e estão encaminhados. “já têm lugar reservado num hotel canino, pois as associações de protecção e as famílias de acolhimento estão a abarrotar de animais”.

Márcia não se lembra de uma época tão má como esta, “em que está tudo cheio de animais e é difícil fazer mais”. Nos últimos dois anos parecia que o cenário estava a melhorar, mas actualmente, sublinha, “tenho dezenas de pessoas que não podem ficar com os seus animais, vêm ter comigo, mas encontro grandes dificuldades para os acolher, porque nunca os sujeito a maus tratos”.

Ovar tem em funções um dos três provedores do animal em exercício em todos o país (os outros são em Lisboa e Almada). O cargo até existe noutros concelhos, mas falta designar nomes. Márcia Oliveira tomou posse em Outubro do ano passado após convite endereçado pelo presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro e fica em funções até ao final do presente mandato.

A visibilidade do cargo trouxe consigo um incremento de casos, denúncias e trabalho. Desde que tomou posse, já retirou da rua cerca de três dezenas de animais. “Mas continuam a chegar pedidos de ajuda todos os dias, a mim, às associações e ao canil municipal que me dá um apoio excepcional”, conclui.

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