Portugal vai enviar “nas próximas horas” uma equipa composta por 53 pessoas para ajudar nos esforços de busca e salvamento na Turquia, anunciou esta terça-feira o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
“Nas próximas horas, uma equipa de 53 elementos, composta por elementos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, por elementos da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR e também por elementos da emergência médica, sairá do nosso país para se juntar aos reforços europeus e cariz humanitário, de proteção civil e, muito particularmente, no caso do apoio português, no âmbito da busca e do salvamento”, afirmou o governante em Coimbra.
O grupo enviado por Portugal inclui “equipas cinotécnicas”, com cães especializados em resgates, e também “outras dimensões, nomeadamente no âmbito do que são operações de busca e de salvamento, nomeadamente ao nível de remoção de estruturas e também de deteção de riscos associados àquilo que são réplicas que é comum acontecerem nestas alturas, nestas circunstâncias”.
José Luís Carneiro lamentou as “circunstâncias tão trágicas que está a viver o povo turco e também o povo sírio” e disse que a informação de que o Governo dispunha ao final do dia de segunda-feira era a de que “não havia portugueses em risco na Turquia”.
“Havia cidadãos identificados na região, que estavam a receber o respetivo acompanhamento e que estavam em diálogo com o gabinete de emergência e proteção consular”, explicou o ministro, remetendo mais pormenores sobre o contacto com os portugueses na Turquia para o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O balanço provisório dos sismos ocorridos na segunda-feira na Turquia e na Síria aumentou para mais de cinco mil mortos, enquanto decorrem as operações de resgate nos escombros dos edifícios destruídos nos dois países.
O vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, disse hoje que o número de mortos em território turco aumentou para 3.419 e que 20.534 pessoas ficaram feridas.
As últimas informações fornecidas pelo vice-presidente turco fazem aumentar para 5.021 o número de vítimas mortais no conjunto dos dois países, visto que a Síria confirmou hoje a morte de 1.602 pessoas.
Os abalos, o maior dos quais com magnitude 7,8 na escala de Richter, derrubaram milhares de edifícios no sul da Turquia e no norte da Síria.
As equipas de socorro mantêm-se nos locais afetados, com os trabalhos dificultados pelas baixas temperaturas que se registam na região.