Portugal é destino de férias da maioria dos portugueses este verão
Cerca de 62% dos portugueses têm planos para viajar durante os meses de verão e 46% escolhe Portugal como destino de eleição para fazer férias. São dados revelados pelo 20.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance, realizado em parceria com a IPSOS e que pretende oferecer uma perspetiva global dos planos de férias em diversos países, de forma a avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 no panorama mundial das viagens.
O mesmo estudo revela ainda que, no estrangeiro, Espanha (18%) é o destino eleito pelos cidadãos portugueses neste verão, seguindo-se França (9%) e Itália (5%). Segundo o Barómetro, apenas 26% dos portugueses já reservou as suas férias ou parte delas, uma tendência que está em linha com a maioria dos países em análise. Por outro lado, Portugal é o destino de preferência dos espanhóis.
A higienização dos meios de transporte (56%) e o acesso a informação relacionada com a Covid-19 no destino de férias escolhido (47%), assim como um teste negativo ao vírus antes de viajar (46%) são algumas das condições mais valorizadas pelos portugueses para decidirem o local de férias deste verão.
Depois dos vários meses de confinamento e apesar dos locais perto do mar serem os mais requisitados pelos turistas europeus (58%), os viajantes inquiridos mostram uma cada vez maior preferência por férias em locais isolados e pautados pela natureza, fora das grandes cidades e que lhes permitam passar tempo perto de familiares e amigos. Tal como é o caso de Portugal, França, Bélgica, Espanha e Reino Unido, onde existe um maior interesse em fazer férias no campo.
Em função da tendência atual em fazer férias em zonas rurais, o orçamento médio dos europeus desceu 21% comparativamente a 2019, situando-se nos 1.556 euros. Já o orçamento médio dos portugueses para as férias de verão foi o único dos países em análise que se manteve estável, situando-se nos 1.339 euros.
A par da Ásia e dos EUA, os portugueses (31%) são os cidadãos europeus que mais ponderam trabalhar a partir do destino de férias.
Já em relação ao meio de transporte de eleição para viajar, os portugueses privilegiam o carro (58%) por se tratar do transporte mais conveniente para chegar ao destino, enquanto 34% escolhe deslocar-se de avião, uma percentagem superior à média europeia que se situa nos 22%. Portugal, Suíça e Bélgica são os países que mais apreciam viajar de avião para se deslocarem até ao local de férias. O hotel (35%) ou uma casa para arrendar (32%) são os tipos de acomodação mais selecionados pelos cidadãos portugueses.
Em conjunto com os italianos, os viajantes portugueses são dos mais empenhados em continuar a contribuir para a diminuição dos impactos ambientais, económicos e sociais das suas viagens, alterando ou intensificando alguns hábitos, tais como: utilizar uma garrafa de água reutilizável (94%), adotar comportamentos sustentáveis não desperdiçando recursos locais (95%), apoiar a economia local fazendo refeições e comprando produtos em estabelecimentos regionais (92%), assim como ficar em alojamentos de proprietários locais (91%).
Questionados sobre o passaporte digital de viagem, cerca de 88% dos portugueses refere que devem incluir políticas de proteção de dados e de privacidade e 85% acredita tratar-se de uma iniciativa que facilita as viagens internacionais, assim como une governos e empresas em torno de um formato universal.
Já em relação aos seguros de viagem, as apólices de seguro em caso de cancelamento devido à pandemia ou necessidade de assistência médica são também muito consideradas pelos viajantes, sobretudo os seguros de viagem que cobrem despesas médicas devido à Covid-19, uma tendência que é transversal a todos os países europeus participantes no estudo.
Cerca de 43% dos portugueses analisa, em primeiro lugar, o preço dos seguros de viagem quando pondera contratar um serviço deste âmbito, sendo o indicador com mais peso na tomada de decisão. Os italianos, portugueses e espanhóis são os mais dispostos a pagar por serviços extra num seguro de viagem.
Em termos gerais, os cidadãos inquiridos no 20.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance acreditam que as mudanças adotadas no setor das viagens durante este período atípico são temporárias e preveem um retorno à normalidade nos próximos dois anos. Apenas uma percentagem reduzida dos inquiridos acredita que o impacto da Covid-19 nas viagens terá consequências a longo prazo e, por isso, ponderam viajar com menos frequência ou viajar para destinos mais próximos, assim como referem a necessidade em contratar mais coberturas no seguro de viagem.
Metodologia:
O 20.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance foi realizado pela Ipsos, através de um inquérito online a 14.000 indivíduos (amostras nacionais representativas de 1.000 pessoas por país) na Europa (França, Alemanha, Itália, Áustria, Bélgica, Espanha, Polónia, Portugal, República Checa, Suíça e Reino Unido), na Ásia (China e Tailândia) e nos EUA. A pesquisa foi realizada entre 5 e 20 de maio e tem como objetivo oferecer uma perspetiva global dos planos de férias dos cidadãos dos países em questão, de forma a avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 no panorama mundial das viagens.