O director-geral da Organização Mundial Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou esta segunda-feira, que pode nunca vir a haver uma vacina ou cura para a covid-19.
“Não há bala de prata e talvez nunca venha a existir”, disse o director-geral, acrescentando que há vacinas na última fase de testes, mas existe a possibilidade de que nenhuma delas ofereça a protecção que esperamos. Segundo a organização, são 25 as vacinas que estão a ser testadas em seres humanos, sendo que 6 delas estão na chamada fase 3 – os últimos ensaios antes da conclusão.
“Preocupa-nos que talvez nunca tenhamos uma vacina que funcione ou que a protecção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais”. Tedros declarou que não é possível saber até que se concluam os testes. No entanto, disse que ainda existe esperança e que os estudos estão a decorrer a uma velocidade sem precedentes.
O responsável também esclareceu que a maioria da população permanece vulnerável à infecção mesmo em países que lidaram com surtos graves. No geral, segundo a organização, estudos sorológicos mostram que menos de 10% desenvolveram anticorpos contra o vírus, indicando que tiveram a doença. A prevalência pode ser maior em alguns grupos, como profissionais de saúde.
A OMS, mais uma vez, reforçou a necessidade de aplicar o conjunto das medidas disponíveis que funcionam para suprimir a transmissão do novo coronavírus até que haja uma vacina ou um medicamento eficaz.