Concurso de fotografia dos Amigos do Cáster “resiste” à pandemia
Apesar de todos os constrangimentos, a Associação Amigos do Cáster manteve a realização do concurso de fotografia no âmbito do evento de natureza, “Ambiente Imagens Dispersas 2020 – 16.º Encontro de Fotografia Cidade de Ovar”, dando continuidade ao estímulo, ao gosto pela descoberta e ao respeito pela conservação do meio ambiente.
Carlos Ramos, responsável pela organização, revela que o certame – cuja obras vencedoras são já conhecidas e podem ser admiradas até 22 de janeiro, no CAO – registou “uma pequena redução na sua participação, por motivos para os quais não temos uma explicação exacta”. No entanto, e avaliando o que foi adiantado por outros fotógrafos que já participaram em anos anteriores no concurso de fotografia, a resposta pode estar no confinamento causado pela pandemia. “Essa situação não permitiu, e até barrou, a possibilidade de os fotógrafos fazerem muito do seu trabalho no campo, nomeadamente, no primeiro período da pandemia em que ninguém sabia bem quais eram os limites da doença e acabou por ser limitativo”.
Do programa de conferências realizaram-se apenas duas sessões, mas o responsável não quis deixar de as agendar porque “são um sinal de que devemos sair para fora, para trabalhar, mas também para valorizar o entretenimento, a arte ou a cultura”.
“Uma vitória”
As restantes conferências vão depender da manutenção (ou alívio) das medidas restritivas, mas “a nossa vontade é organizar o nosso ciclo de conferência, quer seja presencial ou através de ‘streaming'”. Apesar das dificuldades, Carlos Ramos faz, para já, um balanço positivo do AMBID 2020: “Deu-nos um sabor especial organizar este evento nestas condições que atravessamos e verificar que não abdicamos de elementos em que é exigida a presença, não confinada, não restringindo, mas condicionando apenas na forma de estar no evento”.
Carlos Ramos declara que a realização do evento sempre dependeu de muitos factores e a organização “tem sempre a preocupação de lhe dar dignidade, fazer com que seja mais um elemento de boa imagem da comunidade ovarense e isso é o mais importante”. “Se conseguirmos manter a qualidade e a dignidade, ou seja, mantê-los sempre e passá-los a outras gerações, não acabando nesta da sua organização original, isso já é uma vitória”.