Ovar acolhe família refugiada ucraniana de braços abertos
São quatro mulheres e quase uma dezena de crianças. Maridos e pais ficaram na Ucrânia, para combater. Depois de uma longa viagem, chegaram ontem à noite e durante o dia de hoje a Ovar, são dos primeiros refugiados a chegar a Portugal e já estão instaladas em casa de familiares. “Estas pessoas têm familiares que vivem em Ovar há muitos anos e, numa ocasião destas, é lá que vão ficar”, explicou Adriana Maia, do grupo “Ovar, vamos ajudar” e uma das coordenadoras das operações de apoio à Ucrânia, em Ovar.
O grupo de voluntários reuniu mobiliário, roupa e alimentos para ajudar na recepção. A técnica social, entretanto, encontrou-se com elas no sentido de perceber as carências que precisavam de ser supridas de imediato e distribuiu um cabaz com muitos bens alimentares, fraldas, roupa, medicamentos, enfim, tudo o que é “importante nestes primeiros dias que também são de adaptação a uma nova realidade”.
A sua atenção e do grupo está agora virada para o camião que parte de Ovar, em direcção à Polónia com a ajuda vareira às vítimas inocente da guerra provocada pela Rússia.
O camião da empresa Transportes David Neto (TDN) vai entregar os donativos angariados a um grupo amigo idêntico ao constituído em Ovar, na Polónia, que tem os seus canais próprios de os fazer chegar à Ucrânia. “Estamos a dar prioridade a medicamentos, alimentos, papas, enlatados, produtos de higiene, álcool, enfim, coisas que são essenciais e estão a começar a faltar”, adiantou.
O camião de 24 toneladas da TDN parte esta segunda-feira (já traz 2 toneladas de alimentos recolhidos na Zona Industrial de Esmoriz) e vai acabar de encher nos quartéis de Ovar e Esmoriz.
Impõe-se ainda o agradecimento a pessoas, empresas dos mais diversos setores e instituições que aderiram à iniciativa, seja com donativos, seja com apoio logístico a toda a operação. Adriana Maia agradece ao povo vareiro a onda de generosidade excepcional, em suma, “agradecemos a mobilização de toda a gente, incluindo os Bombeiros Voluntários Ovar e Esmoriz cuja colaboração foi essencial”.
A viagem é suportada em 50% pelos Transportes David Neto, de Esmoriz, e o restante pelas juntas de freguesia do concelho de Ovar.
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