O dia em que António Guterres cantou os Reis de Ovar
Coube à Troupe de Reis da JOC-LOC cantar a tradição vareira para o então Primeiro-Ministro e actual Secretário Geral da ONU.
Corria o ano de 1999 e tivemos o grato privilégio de acompanhar a visita, ao serviço do extinto semanário vareiro, “Jornal de Ovar”. Na viagem à capital, marcaram presença também os autarcas Esmeralda Souto, presidente da Junta de Freguesia de Ovar, e Augusto Rodrigues, vereador da Câmara Municipal de Ovar, ambos eleitos pelo PS.
Uma visita marcada pela boa disposição e excelente recepção na Residência Oficial do Primeiro-Ministro que não escondeu a surpresa e a satisfação por poder ouvir um Canto de Reis tão diferente, elegante e nobre, entre tantos grupos de Janeiras que também o foram obsequiar naquele dia.
Guterres trauteou algumas letras, acompanhado por Esmeralda Souto, que também lhe adoçou o palato com a oferta do nosso Pão de Ló.
Na verdade, António Guterres desconhecia a riqueza da tradição vareira e aos responsáveis autárquicos e da Troupe incitou a continuarem o bom trabalho na sua preservação e divulgação.
A Troupe e a Revista
Aqui convém lembrar que na troupe pontuavam dois talentos a quem a tradição ovarense muito deve – O Padre Manuel Pires Bastos e Zé da Vesga, entre outros. Sem esquecer João Costa que, além da troupe dinamizava a revista Reis, publicada pela primeira vez oito anos depois da formação da Troupe JOC-LOC – Esta nasceu na sequência do desaparecimento da Troupe Comércio e Indústria, afirmando-se sempre como um embaixador do valioso património da tradição reiseira em Ovar.
A revista veria a luz do dia oito anos depois, com a ajuda de Maria Amélia Dias Simões que, tal como a sua família, estava muito ligada às troupes da terra. A revista surge em sua homenagem e ficou.