Depois do desfile das escolas de samba ter sido cancelado, este domingo, o cortejo carnavalesco de Ovar saiu à rua, com bilheteira esgotada mesmo com o céu a fazer caretas.
Os mais de 2 mil figurantes foliões desafiaram as nuvens e entraram na avenida sem querer saber das bátegas que iam caindo sobre as máscaras. A primeira escola de samba foi a Charanguinha com um pedido: “Queremos viver em Paz”. Os ratos traquinas dos Catitas, Gepetto e os Pinóquios dos Vampiros, as belas e raras Melindrosas no contraste com as marchas populares dos Pindéricus que ficavam a olhar para as asas dos Xaxas, abriram os corso.
A segunda escola de samba a surgir foi a Juventude Vareira que ia a “arder”, apesar das ameaças do céu que não desabou sobre a cabeça dos Zuzucas e a sua eleição papal com a Guarda Suiça, logo seguidos pelas “malucas” dos Marroquinos e da veia espacial das Barulhentas, mesmo à frente da história dos Marados e dos homens do Lego dos Não Precisa.
Mas a criatividade ainda estava a começar! A África ouviu o grito do samba de enredo dos Kan-kans e os Pierrots quase nem precisavam de ir ao rio para lavar a roupa, mas a temperatura subiu com o amor ao rubro com os Bailarinos, para chegarem os calceteiros dos Hippies, e a Epopeia dos Lusitanos recriada pelas Joanas e a carta que chega à janela, das Carrucas.
O Egipto “aterrou” na Avenida pelo samba da Costa de Prata, seguida pelas experiências dos Condores, os lenços de amor dos Levados do Diabo e o xadrez das Palhacinhas, os gladiadores e os leões dos Pinguins e a transmutação dos Garimpeiros.
O Preto no Branco a meias com os Meio Irmão fecharam o corso. Até terça-feira!
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