“Museu da Existência” é feito com objectos emprestados
“Museu da Existência” está prestes a voltar a abrir portas: a 6 e 7 de Maio, sexta-feira e sábado: no Museu Júlio Dinis, em Ovar, com sessões às 18h00 e 21h30 (sexta-feira) e 18h00 (sábado).
Um homem, Senhor Melo, decidiu construir um Museu com objetos que as pessoas fazem existir. Objectos com memórias vivas.
O chapéu salva-vida, o pão torrado que alimentou um amor clandestino, a aliança da revolução que acabou com a guerra, a boneca que não se pode partir e tantos outros.
É isso o Museu da Existência.
Os objectos e as histórias são das pessoas que abriram a porta de casa ao Senhor Melo, um pouco por todo o país. Ele falou-lhes do Museu da Existência e elas decidiram fazer parte. Emprestaram e doaram as suas próprias memórias vivas. Os seus objectos.
O futuro dos museus é dentro das nossas casas. Quem o diz é Orhan Pamuk, Prémio Nobel da Literatura 2006, autor do livro Museu da Inocência, que conta a história de Kemal, um homem que construiu um museu de objectos a partir do momento mais feliz da vida dele próprio: o Museu da Inocência, em Istambul, na Turquia. O Senhor Melo conheceu Kemal e decidiu construir o seu própriomuseu de objectos, a partir dos momentos mais felizes da vida das pessoas.
É isso o Museu da Existência. Uma casa.
Em Ovar, a colecção do Museu da Existência inclui também objectos emprestados de pessoas do município. Da Dona Esmeralda, do Senhor Bastos, do Leandro, da Dona Vera e família, do João, do Carlos e da Dona Fátima.