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Murtosa: Único suspeito deverá ser julgado por um Tribunal de júri

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra o único suspeito do homicídio de grávida da Murtosa e pede que o julgamento se realize com recurso a um tribunal de júri.

De acordo com nota o despacho do MP, o pedido para o julgamento ser realizado perante Tribunal de Júri justifica-se devido à “repercussão social do caso e à importância da participação da comunidade na administração da justiça”.

O tribunal de júri é um tribunal constituído por três juízes de carreira e quatro jurados, que julgam processos por certos tipos de crime, a pedido do Ministério Público, do assistente ou do arguido. Depois de requerida, não é possível renunciar à constituição do tribunal de júri cuja seleção deverá iniciar-se brevemente com recurso aos cadernos eleitorais.

O MP acusa o principal suspeito, Fernando Valente, de matar Mónica Silva e de esconder o corpo. Segundo o despacho de acusação, o empresário vai responder por homicídio qualificado, aborto e profanação de cadáver.

Ao contrário do regime anglo-saxónico, retratado inúmeras vezes no cinema em que os jurados se pronunciam apenas sobre a culpa ou não culpa dos acusados, em Portugal os jurados têm como missão coadjuvar o coletivo de juízes na descoberta da verdade.

O tribunal de júri tem sido requerido em casos de homicídio, especialmente cruéis e com forte impacto numa comunidade. Poderá ser o caso da vítima da Murtosa, estando esta grávida de sete meses quando desapareceu a 3 de outubro de 2023.

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