Mártires do corte das videiras tombaram há 83 anos
Válega perdeu dois dos seus na revolta
Ainda há quem se lembre daquele fatídico dia 15 de Maio de 1939. A lápide resume a história. “Neste local, foram mortos Jaime da Costa e Manuel Maria Valente de Pinho por uma força militar que investiu contra o povo de Válega que se opôs ao corte das videiras de vinho americano”.
Salazar proibira a plantação de videiras americanas sem ser para porta-enxertos de castas portuguesas. Válega não acatou e a GNR marchou para cortar as videiras fora da lei.
O povo revoltou-se, armou-se com alfaias agrícolas, cercou os militares no adro da igreja e os sinos tocaram a rebate.
Os reforços não tardaram. A população atirou pedras, a resposta foi dada com tiros. Houve feridos, presos e dois homens perderam a vida.
O decreto-lei de 18 de Abril de 1935 não permitia a plantação de videiras americanas sem ser para lhes enxertar castas nacionais, determinando o arranque, a substituição ou enxerto das existentes.
Os viticultores eram obrigados a inutilizar as enxertias efectuadas depois de Outubro de 1934.
Nove anos depois, a legislação mudou e decidiu-se aplicar uma multa aos agricultores que desrespeitavam os imperativos legais.
Naquela refrega que o povo não esquece (autoridades voltaram esta semana ao local), Válega perdeu dois dos seus. Jaime era pedreiro e tinha 18 anos, Manuel era agricultor e tinha 38.
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