É com pesar que acompanhamos a notícia da morte de Mario Vargas Llosa (1936-2025), um dos nomes fundamentais do romance e da vida intelectual contemporânea. Autor de livros marcantes e influentes do nosso tempo, distribuídos por romance e ensaio, reportagem e conto, Mario Vargas Llosa tornou-se, desde A Conversa na Catedral até ao seu derradeiro romance Dedico-lhe o Meu Silêncio (publicado em 2024), uma figura incontornável para os leitores de hoje – e para os autores que escreveram depois dele. Não apenas como autor de romances, mas também de ensaios tão importantes como A Civilização do Espectáculo ou O Apelo da Tribo, livros que testemunham o compromisso do escritor com o seu tempo e com os combates pelas ideias em que acreditou.
Prémio Nobel em 2010, último representante de uma geração de gigantes da América Latina, Mario Vargas Llosa foi um escritor comprometido com os valores da liberdade, da beleza e da busca incessante de amor, compaixão e verdade. Esses valores e a luta contra todas as formas de ditadura, de arbitrariedade e de injustiça constituem o fio condutor da sua obra.
Neste momento triste das nossas vidas, a Quetzal apenas pode compartilhar o sentimento de perda com os leitores do autor de Dedico-lhe o Meu Silêncio, o seu último romance – um derradeiro testemunho significativamente dedicado à música e à busca da beleza. O seu legado permanecerá para além da vida e da morte. Ainda este ano, a Quetzal publicará O Olhar Imóvel, um ensaio literário de 2022.
