O Movimento 2030 foi recebido na Assembleia da República para uma audição da 12.° comissão da cultura, comunicação, juventude e desporto, para apresentar a petição pública que visa impedir a demolição do cineteatro de Ovar.
Para o ator e dinamizador da petição pública que fez a intervenção inicial, Pedro Damião, “fomos muito bem recebidos e gostámos bastante de todas as intervenções merecidas à nossa petição, nomeadamente as palavras da senhora deputada Susana Correia do PS e do senhor deputado Jorge Galveias do partido Chega”.
Houve, segundo Damião, “um entendimento muito claro e próximo entre aquilo que procurámos e defendemos nesta Comissão, e aquilo que foi dito pelos intervenientes: da centralidade que ocupa e do remanescente, deve continuar onde está e, para isso, que se cumpra todas as recomendações enviadas pela CCDR-C relativamente ao Cineteatro de Ovar”. Ou seja, continua, “que se considere a salvaguarda do edificado existente, através da reabilitação do edifício e sua envolvente, reativando a sua identidade e história.”
Presente na audição, o presidente do Movimento 2030, Henrique Araújo reprovou a postura do PSD, na pessoa do Deputado Paulo Cavaleiro.
“Não podemos ficar indiferentes à análise do Senhor Deputado Paulo Cavaleiro que desvalorizou o nosso edificado, mas na sua terra, em São João da Madeira, não o vimos apoiar a demolição dos edificados históricos e emblemáticos como foi o caso da fábrica Oliva que foi requalificada e devolvida no seu uso aos cidadãos”.
Em conclusão, “para a cidade do Senhor Deputado, a ordem é requalificar, para o nosso Município de Ovar já se pode demolir… não concordamos com esta visão de que para nós tudo de bom e para os outros quanto pior melhor.”
