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‘King Kong’ tentou mesmo raptar a miúda no Carnaval
Quase noventa anos depois da sua estreia nos cinemas, o enorme gorila pré-histórico ‘King Kong’ chegou, em plena forma (e com o fraquinho de sempre por loiras bonitas e assustadas), ao Carnaval de Ovar, pela arte e engenho dos Garimpeiros, em “Makakisses”.
Desde a versão clássica de ‘King Kong’, em 1933, com Fay Wray, que esta espécie de “A Bela e a Monstro” fascina o público e continua a inspirar cineastas ao longo das décadas. Este ‘King Kong’ original foi um enorme sucesso e é um dos filmes de terror mais apreciados da história do cinema.
“O Filho de Kong”, lançado nove meses depois, não correu tão bem, e outras duas versões, comercialmente muito rentáveis, foram recebidas com distanciamento pelos críticos: a versão de 1976, com Jeff Bridges e Jessica Lange, e outra, uma orgia de efeitos especiais de 2005, com Peter Jackson ao comando. Esta talvez seja a a melhor versão desta aventura épica, já que inclui os excelentes atores Jack Black, Adrien Brody e Naomi Watts. A história é também extremamente fiel à do filme de 1933. Mas com muito melhores (atuais, fabulosos) efeitos especiais.
6 metros de altura
Quanto aos “primos” da versão original, como o título de culto americano-japonês “King Kong versus Godzilla” (1962), o menos popular “Kaijûtô no Kessen: Gojira no Musuko”(1967), traduzido à letra por “A Vingança de King Kong” e “King Kong Vive!” (1986) tiveram sucessos heterogéneos.
Em 2017, “King Kong” propôs um elenco de peso, com Samuel L. Jackson, Tom Hiddleton, Brie Larson e John Goodman, mas passou despercebido.
Em 2024, no Carnaval de Ovar, foram os Garimpeiros a trazer a icónica cena do cinema ao desfile.
No meio de muitas ideias fulgurantes patentes no cortejo, apresentar uma maquete nunca antes vista em desfile e um “King Kong” verdadeiramente monstruoso e aterrador com seis metros de altura, parecia uma loucura.
Mas aconteceu. Um “King Kong” que movia a cabeça e os corpulentos braços quando o “Garimpeiro” Manuel Fragoso (na pele da frágil e indefesa loira) era levado, aos gritos, para o sacrifício, resultou muito bem.
Resultado: Um quarto lugar na classificação e um Carnaval para mais tarde recordar.