Juma Bastos expõe “Visionary Playground” em Espinho
Uma exposição à volta da música, pintura e design psicadélico
Decorre de 4 de julho a 14 de agosto, no Museu Municipal de Espinho, a exposição “Visionary Playground”, à volta da música, pintura e design psicadélico, de Juma Bastos.
Juma Bastos tem 22 anos, natural de Esmoriz. É designer e fundadora da Switch Studio. O seu estilo peculiar começou desde cedo a ser notado, quando ainda estudava na ESMGA (ensino secundário).
No curso de artes desenvolveu o seu gosto por arte visionária, e aprendeu técnicas de desenho e pintura, que mais tarde vêm influenciar as suas composições no Design Gráfico.
Esta exposição demonstra a viagem da artista neste mundo, uma fusão das técnicas tradicionais com o digital, uma retrospeção futurista. Uma análise ao passado, com um vislumbre do que aí vem.
Fundadora e designer da Switch Studio, Juma Bastos, aceitou partilhar alguma da sua experiência enquanto empreendedora.
Como está a ser a experiência de teres o teu próprio estúdio?
É algo com que sempre sonhei. É extremamente desafiante e isso está a tornar-me uma pessoa mais capaz. Claro que isto do Covid foi algo totalmente inesperado, mas no meio do caos tenho sempre conseguido evoluir.
O que te inspira e propulsiona o teu trabalho?
Inspiro-me no mundo. Como designer é importante estar atento ao que nos rodeia, e à percepção das pessoas sobre as coisas. Acho que o que me dá maior motivação é o poder resolver problemas. Sentir que através do design posso ajudar as pessoas.
Preferes trabalho mais criativo ou mais remuneração, e porquê?
Adoro trabalhar com liberdade criativa. Mas é importante valorizar a remuneração. Na nossa área, assim como a música, pedem-nos para trabalhar por exposição, mas se permitirmos isso sinto que estamos a desvalorizar o nosso trabalho
Sentes que o facto de seres mulher influencia as tuas relações profissionais?
Claro que sendo mulher, e tão jovem, já tropecei em pessoas que tentaram desvalorizar-me, mas o meu objetivo é sempre que os clientes se esqueçam disso. O importante é fazer um bom trabalho. Eu lido com as pessoas no sentido de as ajudar a atingirem os seus objectivos. O género não é nem pode ser relevante.
Como equilibras as exigências do trabalho com a tua expansão enquanto pessoa?
O design é mundo fantástico para o crescimento pessoal. Faz-nos colocar-nos na pele dos outros. Até hoje sinto que o que crio me desenvolve como pessoa, e essa evolução torna-me melhor designer.
Uma frase para quem te segue:
Se ouvir ‘não’ é o pior que pode acontecer, porque não arriscar?