A vereadora com competências na área da saúde, Júlia Oliveira, garantiu ao OvarNews que não foi convidada para integrar os órgãos de gestão da ULS do Baixo Vouga.
“Os cargos de gestão não são o meu lugar de sonho ou de objetivo pessoal” e enquanto cidadã, afirma-se “defensora do Serviço Nacional de Saúde”.
A vereadora em regime de não permanência da câmara de Ovar ressalva, no entanto, que “só estaria disponível, para um esforço pessoal acrescido, se estivesse indexada à condição de que o meu contributo seria relevante para mitigar o impacto do modelo de gestão na qualidade e sustentabilidade do SNS e de que o mesmo aportaria um maior valor e uma melhor resposta em saúde para a população de Ovar”. O que, “até esta data não disponho de dados que me permitam fazer essa leitura”.
A Assistente Hospitalar de Medicina Interna e Coordenadora Técnica da Unidade de Convalesca do (extinto) Hospital de Ovar, sublinha que “a decisão de integração dos cuidados de saúde no concelho de Ovar, quer cuidados de saúde primários, quer cuidados hospitalares, numa resposta regional, na Região de Aveiro, foi e é alheia à vontade de todo o Executivo, como é do conhecimento de todos“.
Portanto, acrescenta, “na remota necessidade de ter de aceitar a bem de um valor superior, tal não significa resignação do executivo” à integração na ULS Aveiro.
Deixa, pois, “claro que este assunto nunca se colocou ou foi abordado formalmente ou informalmente entre os diferentes membros do executivo”.
Por seu lado, a administradora do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, Margarida França, está disponível para liderar a Unidade local de Saúde do Baixo Vouga.
A responsável, que aguarda uma decisão do Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde, admite ter um projeto de gestão no setor da saúde na região de Aveiro.
Estas equipas de gestão deverão arrancar em janeiro entre apelos, em vários pontos do país, ao adiamento da criação de Unidades Locais de Saúde.