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Incêndios na região evoluem de forma favorável

Dois dos quatro grandes incêndios que lavram no distrito de Aveiro, com um perímetro global de 300 quilómetros, já estão em resolução e há perspetivas de um terceiro entrar em resolução, informou a proteção civil.

Ontem, “foi um dia bom”, observou o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre, durante um ‘briefing’, no centro de comando distrital, em Oliveira de Azeméis.

Mário Silvestre começou por registar a evolução positiva da situação, adiantando que os incêndios de Albergaria-a-Velha e de Oliveira de Azeméis já estão em resolução e os trabalhos na frente de Sever do Vouga “também correm de forma muito favorável”.

“Conto durante a noite de hoje, e não muito tarde, dar o incêndio de Sever do Vouga também em resolução, se correr tudo como previsto”, afirmou.

Relativamente ao incêndio na zona de Águeda, o comandante explicou que houve “uma rotação do vento” para sul, que “foi bastante positivo para o combate”. O incêndio em Águeda, no distrito de Aveiro, está “dominado em todas as frentes” desde as 00h30, revelou à Lusa o presidente da câmara.

“Há cerca de meia hora foi considerado dominado em todas as frentes”, avançou o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida.

“Temos, neste momento, máquinas de rasto a trabalhar na zona de Cumeada virado a Sever do Vouga e aquilo que estamos a tentar é fechar toda essa zona e esse flanco, garantindo que este incêndio deixa de ter qualquer tipo de capacidade para fazer essa transposição dessa linha de cumeada”, explicou Mário Silvestre.

O vice-presidente da Câmara de Sever do Vouga, Paulo Nogueira, disse que o combate ao incêndio evoluiu favoravelmente e que neste momento há apenas uma frente ativa na zona de Felgares, na União de Freguesias de Silva Escura e Dornelas, que apresenta “baixa preocupação” e que deverá entrar, entretanto, em fase de resolução. “Todas as outras três frentes estão em fase de resolução”, acrescentou Nogueira.

Mário Silvestre referiu ainda que o dispositivo está a ser reforçado com militares que vão participar em operações de patrulhamento e vigilância, de forma a libertar meios de combate para outro tipo de ocorrências no resto do país.

“O trabalho vai-se manter. É preciso estar muito vigilante. Está tudo muito quente. Nós temos muitos pontos quentes. O perímetro é enorme. Eu tenho falado de 100 quilómetros, mas a última vez que medimos era de cerca de 300 quilómetros”, adiantou o responsável.

Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, às 19h30 de quarta-feira, 34 incêndios ativos, sendo que destes 18 assumiam uma dimensão “significativa” e mobilizavam mais meios. No combate a estes 18 incêndios estavam envolvidos 2.434 operacionais, apoiados por 734 meios terrestres e 23 meios aéreos.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias. Foto: Paulo Cunha/Lusa

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