População da Ribeira critica dragagem efectuada no cais

- Além de Ovar, alguns municípios, como a Murtosa e Ílhavo, avançaram com intervenções de desassoreamento por sua conta, mais localizadas, em articulação com a Agência Portuguesa de Ambiente (APA).
Carlos Veiros, morador da Ribeira onde decorreu uma operação de dragagem, lamenta que “o empreiteiro abandone a obra e metade do cais fique sem dragar e as muralhas, até ao final do cais, estejam uma vergonha”.
O antigo dirigente do BE questiona mesmo onde estão as promessas em Assembleia Municipal de “que o cais iria ser todo limpo?”
Esta semana atracou, no cais da Ribeira, o batelão que andou na primeira fase do desassoreamento. Pensou-se que seria para acabar a empreitada, mas afinal não, pois veio apenas fazer uma reparação.
Ecoando o sentir da população, Carlos Veiros lamenta que depois de tudo o que ficou dito e prometido, “o cais se mantenha transformado numa fossa”, mas promete reclamar “um espaço de retoma de turismo e desenvolvimento económico”.
Entretanto, a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) abriu um novo concurso público para a elaboração de um projecto de execução de protecção das margens da ria e redução da erosão costeira.
Concurso da CIRA
A intervenção prevê o recurso a sedimentos provenientes das dragagens das bacias dos cais da Ria de Aveiro actualmente em curso.
A CIRA avançou com uma candidatura no seguimento da publicitação de um aviso do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) para “elaboração de estudos e projectos para intervenções de protecção do litoral”.
Um procedimento destinado a abranger 24 cais que não foram intervencionados na obra geral de desassoreamento em curso, o que pode indicar que o cais da Ribeira voltará a ser intervencionado.
Na prática, os municípios pretendem uma “extensão” da empreitada de ‘transposição de sedimentos para optimização do equilíbrio hidrodinâmico’ que permita a proteção de margens e redução da erosão costeira com dragados.