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Histórias de assombrar da Casa Amarela

A famosa Casa Amarela de Ovar tem preenchido o imaginário de muita gente, em especial daquela que quer (muito) acreditar. Mercê disso, tem sido objecto de culto e também de algum estudo, figurando em livros e até numa curta-metragem, em formato de documentário.

Neste Halloween trazemos dois exemplos disso. O primeiro encontra-se no livro “Histórias de Um Portugal Assombrado”, de Vanessa Fidalgo, publicado por “A Esfera dos Livros Editora”, em 2012.

Aqui, escreve-se sobre uma “casa de família abastada, onde vivia uma jovem rica que se apaixonou por um rapaz pobre. Namoraram às escondidas até que o pai da jovem descobriu e matou-os atirando-os ao poço existente na casa. Mais tarde, o arrependimento do pai fê-lo enforcar-se junto do poço. desde então a casa está amaldiçoada: os proprietários posteriores caíram na desgraça, tentativas de ocupação e demolição foram em vão. O último dono conhecido foi a fábrica de motores industriais ao lado, que hoje está falida e cujos edifícios enquadram este cenário fantasmagórico”.

Por outro lado, o documentário realizado por Ana Luísa Lopes, com o nome de “A Casa Amarela”, em 2018, tem merecido alguma atenção, tendo sido selecionado para diversos festivais de cinema.

A “curta” centra-se na Casa Amarela, suscitando uma narrativa a várias vozes onde se cruzam versões que desvelam um imaginário comum na região de Ovar.

Uma casa que suscita ora medo, ora curiosidade nos habitantes da região, e que serve de mote a uma conversa tecida a vários tempos, ritmos e espaços pelos fios da imaginação e do ouvir dizer.

Para criar a atmosfera para o filme, há fotografias Paulo de Martinho, que variam entre planos gerais, indo depois até pormenores interessantes da casa, como teias de aranha, que serviram de suporte enquanto se ouvem as vozes que contam a história acerca da casa.

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