LocalPrimeira Vista

Hermínia fez a ‘festa da espuma’ no Furadouro

Chamar festa ao que a população do Furadouro viveu esta noite pode parecer abusivo. Mas já nos faltam as palavras para contar o tormento que esta gente sofre e vive a cada inverno. Lembramo-nos de um cartão de visita da praia de outros tempos. Eram famosas em toda a região as festas de espuma numa discoteca local. Acabaram e o imóvel onde se realizavam está ao abandono, mas estas não lhe ficam atrás com uma diferença: inspiram temor e insegurança.

Já se sabia que a Tempestade Hermínia iria trazer muita ondulação com vagas que podiam chegar até aos 14 metros. Havia trancas à portas nas casas e estabelecimentos comerciais da frente de mar.

Mais uma vez, o oceano cuspiu água salgada, pedras e areia transformando as ruas do Furadouro em rios de espuma.

O atraso na reposição das defesas aderentes e esporões, o silêncio em torno dos propalados quebramares destacados, são questões que regressam.

Vale aqui lembrar que há uma petição pública para levar o tema ao Parlamento, já que “os que aqui estão não têm peso político e os que para lá foram estão calados que nem ratos” – como se pode ler num desabafo escrito esta noite nas redes sociais por um local certamente desesperado. Mas há também quem acene com as alterações climáticas cujos efeitos aqui são bastante acentuados.

Depois de sucessivamente adiada durante vários anos, está prometida (e contratualizada) uma obra de defesa costeira na zona do Furadouro, com um prazo de execução de 15 meses,  a iniciar no primeiro semestre deste ano que vai abranger mais de 1,5 quilómetros de estruturas.

❞𝐕𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐒𝐚𝐥𝐯𝐚𝐫 𝐨 𝐋𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚𝐥❞
✍ 𝐚𝐪𝐮𝐢: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT107939.

A petição já foi lançada algum tempo mas ainda não alcançou as assinaturas necessárias.

Botão Voltar ao Topo