Greve na Sorgal por aumentos salariais e melhores condições de trabalho
Trabalhadores da Sorgal, em Ovar, estiveram em greve, no passado dia 11 de Agosto, protestando contra a “deterioração das condições de trabalho e o congelamento dos salários, que não são aumentados há 10 anos”.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), a Sorgal, que produz alimentos destinados a bovinos de leite e carne, aves, animais domésticos, entre outros, já foi considerada uma “empresa de vanguarda em termos de remunerações e condições de trabalho, mas isso choca frontalmente com a realidade actual – a que não será alheia a aquisição do grupo industrial por uma sociedade offshore, numa OPA hostil”.
Desde a mudança de gerência, “o clima tem-se deteriorado, havendo inclusivamente relatos de violência psicológica intencional e repetida (bullying) sobre os trabalhadores. Para além deste desgaste, o sindicato denuncia que os salários da grande maioria dos trabalhadores se encontram congelados há cerca de 10 anos, sendo-lhes atribuído o vencimento mínimo contratual ou o salário mínimo”.
O Sintab considera este facto difícil de entender à luz dos “excelentes resultados financeiros apresentados pela empresa”, denunciando “a enorme discrepância entre as condições salariais, de trabalho e contratuais dos altos quadros e as dos restantes trabalhadores da empresa”.
A greve, convocada pelo (Sintab), envolveu 60 trabalhadores. Tendo em conta o contexto de insegurança e instabilidade, de precariedade e de baixos salários que enfrentam, prevê-se que a luta se intensifique nos próximos tempos.