Furadouro: Tapete colorido das Festas do Mar presta homenagem ao fundador
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Os tapetes floridos ou coloridos na Avenida da República, no Furadouro, são hoje um dos maiores polos de atração das Festas do Mar do Furadouro.
São também o resultado do trabalho executado pelos Amigos do Tapete das Festas do Mar que, este ano, vão homenagear João Rocha, fundador do tapete em 1993, recentemente falecido.
Se o tempo permitir, os “amigos” vão fazer uma homenagem ao proprietário do Restaurante Rocha (agora encerrado), no tapete de que tanto gostava e têm tudo preparado para arrancar com o trabalho.
“Quando o Rocha era vivo, nós compravamos o material sem problema, porque sabíamos que se, no final, os donativos não cobrissem a despesa, ele punha o restante”, explica Vitor Amador, dos Amigos do Tapete. A morte súbida de João Rocha veio alterar o cenário: “Temos que jogar com o que sobrou do ano passado e vamos tentar fazer o melhor possível”.
Ao contrário do que muitos pensam, Vitor sublinha que “nada disto é de borla. Hoje, até o serrim tem de ser pago. Mais: Aumentou de preço e temos de o encomendar para que não falte”.
Serrim, cal tratada, pó de pedra, farinha, areia fina e muitas flores são os principais ingredientes do trabalho que fica à espera dos desenhos de Clara Piqueiro que já os tem prontos a passar para a rua.
Este sábado, começam a chegar as flores para serem cortadas e “depois do fogo de artificio avançamos para a estada”, explica Vitor que, com Tonel Piqueiro, tomou esta responsabilidade nos seus ombros. Os dois não páram há mais de uma semana para organizar tudo.
Quando o alcatrão estiver todo coberto de cor, vão estar espalhadas oito caixas de donativos para que as pessoas possam contribuir. “O Rocha era o fundador mas agora somos todos Amigos do Tapete”, apela Vitor.
O presidente da Câmara Municipal de Ovar, quando soube do falecimento de João Rocha, pediu aos Amigos para não deixarem morrer o tapete. Vitor confirma, contrapondo que “estamos disponíveis, mas nós precisamos de ajuda, porque não temos, por exemplo, um lugar onde guardar as ferramentas e os materiais do tapete, estão na minha garagem, paga por mim”.
O equipamento para fazer o tapete estava guardado no Mercado do Furadouro mas “fomos obrigados a retirar tudo para dar lugar a uma exposição de artesanato, mas agora está tudo fechado e espaço não falta para guardar as nossas coisas”, lamenta Vitor Amador.
Na tarde de domingo, a Procissão, ponto alto das Festas do Mar em Honra dos Senhores da Piedade, do Furadouro, vai passar por aqui.