Furadouro: Bar do Albano abanou mas não caiu
Depois da tempestade é tempo de colocar mãos à obra no bar do Albano, no Furadouro, que abanou mas resistiu às ondas do mar e vai apresentar-se para mais uma época balnear. O proprietário do apoio de praia que o mar ameaçou “engolir” durante a tarde de terça-feira, já deitou mãos à obra: “Já liguei aos homens para virem ver os estragos”, informa Albano Silva.
Há pouco mais de uma semana tinha feito obras no bar: “Substituí a instalação eléctrica, pintei e arranjei as paredes, gastando mais de 15 mil Euros para uma onda vir e me partir com tudo”. Mas não desiste. “Apanhei um susto, mas enquanto não me levar, o mar vai ter que me aguentar aqui”, diz, bem humorado.
Instalado na praia do Furadouro há 50 anos, Albano nunca viu o mar tão alto e violento como esta semana, em pleno mês de Abril, e muito menos na parte central da praia. “Lá no sul, é costume o mar fazer estragos, agora aqui nunca se viu”, assegura.
As ondas invadiram-lhe o bar e destruíram grande parte do equipamento. “Está tudo perdido”, desabafou, ainda sem saber se tem apoios que o possam auxiliar a reerguer o negócio. “Se calhar ainda vou ter que pagar ao sucateiro para cá vir levantar o que sobrou”, remata, irónico.
O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, esteve no local, nos momentos mais complicados. Esta obra de fundo é reclamada pelo presidente ovarense desde que foi eleito em 2013, recordando que a edilidade se vem substituindo à Tutela na execução de projectos, realização de estudos científicos e do impacto ambiental e é chegada a hora de “os quebra-mares destacados previstos para o Furadouro e Cortegaça se concretizem”, complementados por shots de de 2,5 milhões de metros cúbicos de areia). “Ainda por cima, sabendo que a Câmara Municipal está pronta para suportar a comparticipação nacional, ou seja, sem qualquer custo para o actual Governo”, frisa.
Salvador Malheiro recordou que foi a Câmara Municipal de Ovar que contratou e pagou a colocação de pedra e areia, na manhã de terça-feira, para evitar que o mar destruísse este apoio de praia. (Foto: Mário Jorge Cunha)