A comunidade da Universidade de Aveiro (UA) mobilizou-se para responder ao apelo de várias instituições de apoio a pessoas idosas, no contexto da Covid-19. Várias dezenas de alunos de Enfermagem voluntariaram-se e, com acompanhamento de professores, têm vindo a responder ao apelo, nomeadamente no concelho de Ovar, um dos mais afectados pela pandemia no distrito.
A UA, através da Escola Superior de Saúde (ESSUA), criou uma bolsa de voluntariado, inicialmente, apenas com estudantes finalistas de enfermagem e com o contributo de alguns docentes. Para este efeito, foram celebrados protocolos interinstitucionais, salvaguardando a UA as condições de segurança para os estudantes voluntários, nomeadamente, através da realização de um seguro, da garantia de utilização de equipamento de protecção individual, bem como, da supervisão das actividades por profissionais de saúde da instituição de acolhimento. Perante o interesse de alunos de outros anos e diferentes áreas de formação, a ESSUA criou o “Programa de Formação para Prestação de Cuidados à Pessoa Dependente e Idosa Institucionalizada” para enquadrar e preparar os voluntários para as várias actividades a realizar, explica Elsa Melo, professora da Escola da UA e coordenadora das acções.
Entretanto, foi publicada a Portaria n.º 82-C/2020, de 31 de março, criando a medida de Apoio ao Reforço de Emergência de Equipamentos Sociais e de Saúde, de natureza temporária e excepcional, com objetivo de assegurar a capacidade de resposta das instituições públicas e do setor solidário com actividade na área social e da saúde, durante a pandemia da Covid-19. A Portaria permitiu um reenquadramento da acção de voluntariado já iniciada antes na ESSUA, contextualiza a professora Elsa Melo.
Assim, dezenas de voluntários têm vindo a colaborar em respostas sociais e de saúde na comunidade, da região de Aveiro e de Ovar, quer em estruturas residenciais para idosos, nomeadamente, na Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, no Centro Social Santa Joana Princesa, no Centro Social e Paroquial São Pedro da Maceda, quer em infraestruturas organizadas especificamente para o apoio a doentes Covid-19 positivo, assintomáticos, sem condições para permanecerem no domicílio em isolamento social.