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Faltam braços para levar a Procissão dos Terceiros

A Procissão dos Terceiros abriu, este domingo, as tradicionais procissões quaresmais que atraem milhares de fiéis à cidade de Ovar. Logo a seguir ao Carnaval, os vareiros recolhem-se a partir da Quarta-feira de Cinzas para viver a Quaresma, tempo que convida a um esforço de conversão e que, por sua vez, prepara o Ciclo Pascal, onde se celebra o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Numa organização da Ordem Terceiros de Ovar, inicia-se o ciclo das imponentes manifestações da Quaresma ovarense com a realização da Procissão dos Terceiros, a única do género que ainda se realiza no nosso país e que, por isso, congrega diversas irmandades do Centro do país.

Apesar das dificuldades em preparar os andores e, depois, em arranjar homens para os levar, as condições do tempo permitiram que a Procissão dos Terceiros viesse para a rua às 15h30 horas.

Esta é uma oportunidade rara, ou talvez única a nível nacional, para ver os 14 ricos andores e as respectivas imagens dos Santos Tutelares da Ordem Terceira de São Francisco num cortejo processional, nomeadamente: Bem Casados, Santa Margarida de Cortona, Santo Ivo, Santo António de Lisboa, Santa Isabel, Santa Clara de Assis, São Roque, São Luís Rei de França, Santa Rosa de Viterbo, Andor da Ordem, São Francisco lançado às silvas, São Francisco abraçado a Cristo, Santa Isabel da Hungria e Imaculada Conceição.

O itinerário foi o seguinte: Rua Ferreira de Castro, Rua Alexandre Herculano, Rua Eça de Queiroz, Rua Cândido dos Reis, Rua Elias Garcia e Rua Gomes Freire. As cerimónias religiosas de hoje terão início às 15 horas, na Igreja Matriz de Ovar, seguidas da saída da Procissão dos Terceiros para as ruas da cidade.

A Procissão data provavelmente do século XVII, surgindo poucos anos após a organização da Ordem Terceira de S. Francisco. O cortejo adquiriu rapidamente grande imponência e brilho. Reformada no início do século XIX, a Procissão manteve-se até aos nossos dias, marcando a solenidade da quadra. (Veja as fotos de António Alves e Alfredo Nata, aqui reproduzidas com a devida vénia)

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