Empresas florestais protestam contra paragem forçada
Representantes de empresas de gestão florestal de todo o país concentraram-se esta quinta-feira em Arouca, num protesto contra a paragem “forçada, sem apoios e desproporcional” imposta à sua actividade por “erros do Governo” na situação de contingência.
A manifestação reuniu empresários, trabalhadores e equipamento de grande porte de várias empresas do sector de toda a região que discordam das restrições que o Governo definiu para as empresas madeireiras e que, na sua opinião, demonstram desconhecimento da realidade.
O presidente da Associação de Indústrias da Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMPP), Vítor Poças, garante que “não há qualquer evidência prática ou científica de que as máquinas usadas pelas empresas de gestão florestal tenham sido responsáveis pelos incêndios dos últimos anos”.
Para o responsável, a imposição de paragem laboral às firmas do setor é “um erro técnico e político” que o Governo já cometeu há dois anos, ao publicar o Decreto-Lei 82/2021, e que “repetiu esta terça-feira”, com o Decreto-Lei 49/2022.
“Este documento é absolutamente despropositado, inoportuno e desproporcional em tudo o que respeita à exploração da floresta”, defendeu.