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Émilie Dequenne, premiada em Cannes e em Avanca, deixa um legado inesquecível no cinema

A atriz belga Émilie Dequenne faleceu este domingo, aos 43 anos, vítima de carcinoma adrenocortical, uma forma rara de cancro. Dequenne ganhou destaque internacional aos 17 anos ao vencer o Prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes de 1999, pela sua interpretação no filme “Rosetta”, dos irmãos Dardenne.
Em 2002, a atriz foi distinguida com o Prémio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Avanca pela sua participação no filme “Oui, mais…”, dirigido pelo cineasta francês Yves Lavandier, onde contracenou com Gérard Jugnot. Este reconhecimento reforçou a sua ligação ao cinema português e ao festival que, este ano, celebra a sua 29ª edição entre os dias 23 e 27 de julho.

Ao longo da sua carreira, Émilie Dequenne participou em cerca de 60 produções de cinema e televisão, incluindo “O Pacto dos Lobos” (2001) de Christophe Gans, “Esta terra é nossa” (2017) de Lucas Belvaux e “Le Grand Meaulnes” (2006) de Jean-Daniel Verhaeghe. Foi nomeada cinco vezes para os prémios César, vencendo um em 2021. Em 2012, recebeu novamente o Prémio de Melhor Atriz na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes pelo seu papel no filme “À perdre la raison” de Joachim Lafosse.

A sua última participação de relevo foi no filme “Close”, de Lukas Dhont, nomeado para Melhor Filme Internacional nos Óscares de 2023. A sua morte representa uma perda significativa para o cinema europeu, deixando um legado de interpretações marcantes que perdurarão na memória coletiva.

O Festival de Cinema de Avanca, que este ano se volta a realizar em julho, recorda Émilie Dequenne, o seu enorme contributo para o cinema europeu, nomeadamente para o cinema belga e francês, e presta homenagem à sua notável contribuição para a sétima arte.

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