Opinião

Em busca de uma identidade para o Centro Histórico de Ovar: da História Urbana ao Inventário do Património Arquitectónico

Nunca como hoje se falou tanto de Património. Paralelamente, nunca como nos nossos dias esse conceito suscitou tantos equívocos e polémicas.

O conceito de Património tem vindo a alargar-se, por vezes raiando o exagero e a mistificação. Em consequência, são cada vez mais os intervenientes no estudo, salvaguarda e valorização do Património, alguns dos quais involuntariamente e, por vezes, até a contragosto; outros, mal preparados ou com visões muito parciais e quase corporativas do que é o Património.

Se, até há bem poucos anos, era possível identificar com certa clareza os “defensores” do Património e também os seus “inimigos”, hoje a situação já não é tão clara. Temos actualmente, e cada vez mais, “falsos amigos” do Património, assim como paladinos de certos “patrimónios” que implicam a negação ou obliteração de outros valores patrimoniais.

Por outro lado, nota-se a progressiva emergência de visões altamente especializadas do Património, que acabam por se afastar entre si, gerando clivagens e, por vezes, arrogando-se mais necessárias do que outras.

Ler mais do artigo de Francisco Queiroz * “I Jornadas do Património”, organizadas pela Câmara Municipal de Ovar.

Comunicação apresentada a 21 de Junho de 2007 no Seminário “Património(s) e Sustentabilidade”,

** Mestrado Integrado em Arquitectura da ESAP, onde lecciona História do Urbanismo em Portugal. Consultor e formador na área do Restauro Urbano / Conservação Urbana e Territorial Integrada. Publicou já várias dezenas de trabalhos científicos (incluindo alguns livros), sobretudo nas áreas da História da Arte, da História Local, da História da Família, da História da Arquitectura e Urbanismo e do Património em geral. 

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