Opinião

Educação ambiental vs herbicidas – Por Rafaela Santos

Atualmente, a falácia da preocupação com o ambiente e com as alterações ambientais tem sido uma constante e a Câmara Municipal de Ovar não se deixou ficar para trás e decidiu implementar um sistema em que os moradores recebem uns contentores para criarem o hábito de fazer compostagem. Até aqui tudo muito ambientalmente correcto.

Todavia, a situação não pode ser tratada com floridos quando a mesma entidade decidiu que para acabar com as ervas das valetas se deveria pulverizar as mesmas com herbicida ou qualquer outra substância que acabasse com as mesmas. Ora, se por um lado, andamos a educar, pelo outro andamos a deseducar ou, na verdade, nunca tenhamos aprendido nada e o objetivo desta pontuais ações são fazer bonito para os eleitores verem.

O gênio que teve esta ideia não se lembrou é que isto não é uma solução eficaz nem amiga do ambiente porque apesar das ervas ficarem secas continuam com as suas folhagens e ramos a impedir a circulação da água quando começarem a cair as primeiras chuvas.

O cenário agrava se quando os famosos “cantoneiros” limparam os acessos principais de algumas zonas da cidade porque dão acessos as escolas primárias e mesmo dentro das escolas foi feita a limpeza. Verdade seja dita, não íamos querer que as associações de pais fosse queixar se a câmara que as crianças picavam se no recreio ou não conseguiam transitar pelos passeios com as ervas.

O que não foi recordado, é que para além da escola e das associações existem munícipes que pagam os seus impostos e que diariamente circulam nas estradas que se encontram neste mísero estado, como podem comprovar pelas fotografias.

Afinal o desenvolvimento é de todos ou só para alguns ?

Rafaela Santos (Ovar)

 

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