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Drones ou estrelas? O que se passa no céu?

Não é a primeira vez que é reportado, mas ontem à noite, cerca das 18h30, foi bem visível em Ovar – também chegam relatos de Válega, Estarreja e Murtosa.

Luzes no céu que pareciam ser estrelas numa movimentação coordenada, deslocavam-se em linha bem reta, do mar para a serra.

A determina altura, a luz que seguia na frente voltou pra trás numa linha paralela às outras e desapareceram, talvez escondidas pelas nuvens.

“Isso são drones de Natal!”, atirou alguém a brincar que passava e também observou o ‘fenómeno”.

Outra voz lembrou: “Deve ser a constelação de satelites de internet da Starlink que, em 2022, lançou mais de 3mil satelites em orbita terrestre baixa (LEO)”.

Outra interpretação diz que se trata de “estrelas candentes ou estrelas fugazes”, fenómeno também designado por “chuva de estrelas”.
“Deve-se à entrada, nas altas camadas da atmosfera da terra, de pequenos meteoros, que ficam incandescentes no seu trajecto até se desfazerem. Estes fenómenos são previsíveis.”

Meteu respeito e até arrepios… E agora? Quem está certo?

Pois bem. Não é a primeira vez que os satélites da Starlink, um dos vários negócios de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, são visíveis na passagem por Portugal. Nas redes sociais, há várias fotos das filas de satélites, captadas em Mirandela, Valpaços, Gondomar ou Vila do Conde, segundo as respostas à publicação da página Meteo Trás-os-Montes no Facebook.

A Starlink é uma das áreas de negócio da empresa de exploração espacial SpaceX. Os foguetões da SpaceX, que já contribuíram para assegurar o transporte de astronautas até à Estação Espacial Internacional, são usados para lançar estes satélites que ficam numa órbita baixa. Normalmente, são lançados em constelação, daí serem vistos como grupos de pequenos pontos em linha no céu.

Os serviços da Starlink permitem ter acesso a internet por satélite, sendo usados em pontos em que a ligação à rede é pouco fiável ou indisponível. Nos últimos anos, a Starlink tem tido também um papel de destaque na guerra da Ucrânia, já que é usada pelas forças ucranianas para terem ligação à internet.

Segundo os números mais recentes, a constelação da Starlink terá agora quase 6.800 satélites operacionais.

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