Opinião

[Dia 17 . 2/Ago] Baku: A Prova de Fogo

[Dia 20 . 5/Ago]

Quando chegámos a Baku sabíamos que não ia ser apenas difícil. Ia ser sofrido. Baku é o ponto médio da nossa viagem e ao mesmo tempo a maior prova de fogo, na terra do fogo.
Recebemos a carta-convite necessária para o visto para o Turquemenistão apenas 4 dias antes de chegarmos a Baku, e fomos direitinhos ao consulado pedir o visto. Apenas 5 dias para trânsito: de 4 a 8 sem tolerância, sem reembolso. Se não conseguíssemos um ferry nesses dias para Turkmenbashi seria o desastre.

No Porto de Baku encontramos a malta do Mongol Rally com o mesmo problema que nós. Impossível obter informações fiáveis sobre o próximo barco. O que se dizia num dia era desdito no dia seguinte. Caos completo. Havia gente há dias à espera no porto. E ninguém se atrevia a sair muito tempo do porto com medo que um barco chegasse.
Foram dias à espera com o relógio a contar impiedosamente. Hoje finalmente conseguimos embarcar, não sem antes fazer um contra-relógio de táxi pelas ruas de Baku para pagar 200euros de multa cada pelo visto expirado no Azerbaijão. Mas conseguimos. Vamos atravessar o Cáspio e temos 3 dias para atravessar o Turquemenistão, conhecer Ashgabat e paragem obrigatória na cratera de Darvaz. Ninguém disse que ia ser fácil. Siga!

[Dia 17 . 2/Ago]

Na manhã em que chegámos a Baku, 40h depois de Erevan. Tarde como não poderia deixar de ser, cerca de 12h depois do previsto, depois de dois enganos no caminho (shame), uma noite nas montanhas arménias, quatro controlos fronteiriços, uma visita extra-horario ao palácios dos Shaki-Khans, uma festa de casamento em Shaki e uma noite em que o Miguel ia aguentando à custa de çai e café a cada 50Km até o cansaço vencer pelas 4 da manhã. Para melhorar as coisas deixámos telemóveis a carregar e acordámos sem bateria no carro, o que dá sempre jeito. Resolvido o problema, últimas horas até à capital, com a paisagem a mudar do florestal para o desértico. Siga para o porto de Baku! (Na foto principal: Şəhidlər Xiyabanı Məscidi)

Miguel Jeri e Luís Rodrigues a caminho da Mongólia

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