Destino do cine-teatro pode, afinal, não estar traçado
Afinal, o destino do cine-teatro de Ovar pode não ser a demolição ou simplesmente a ruína e posterior derrocada. O presidente da Câmara Municipal de Ovar defende que o “Cine-teatro é um activo que faz parte do legado da comunidade ovarense e tem que ser tratado com muito cuidado”.
“Sabemos que uma decisão tomada há muitos anos atrás, de certa forma, veio limitar o plano de acção que se pudesse ter para o cine-teatro”, recorda o edil, acrescentando que, “bem ou mal, foi decidido avançar para a construção do Centro de Arte”.
Depois desse investimento municipal feito, reconhece Salvador Malheiro, “não faz sentido nenhum, em Ovar, pensar num segundo imóvel com o mesmo objectivo, ainda por cima, a escassos metros do outro”.
Apesar do contexto complicado, “isso não nos impediu de conversar com quem detém o cine-teatro”, revelou o autarca. “Há bastante tempo que a Câmara está a dialogar, de uma forma muito aberta, com os proprietários do cine-teatro e em boa hora abriu esta porta, pois tenho sentido um grande carinho e um espírito dialogante e de colaboração muito grandes, no sentido de se resolver aquele problema”.
A Edilidade não se põe de parte quanto a uma eventual aquisição do imóvel, mas alerta que os valores para uma eventual alienação já não poderão ser os mesmos de há alguns anos atrás. Portando, desvenda o presidente da Câmara Municipal de Ovar, “colocamos em cima da mesa todos os cenários possíveis, mas o que vier a acontecer, tem que ser um bom negócio para a Câmara, não podendo onerar os ovarenses, caso viermos a equacionar uma aquisição”.
Caso isso venha a acontecer, quer pela câmara quer por um particular, “estamos a ponderar que o edifício tenha uma nova utilização e estar atentos aos novos fundos do Portugal 2020”. “Se houver uma possibilidade para solucionarmos aquele problema via fundos comunitários, nós cá estaremos para ajudar ou os proprietários ou os particulares que o venham a adquirir”, promete Salvador Malheiro.
Uma coisa é certa, avisa o presidente da Câmara, “assim não pode continuar, porque há problemas de segurança e está a tornar-se num problema de saúde pública, mas é como digo, nós preferimos estar do lado da solução, embora estejamos a analisar a melhor possibilidade com os proprietários”.