Como Conseguir um Crédito ao consumo seguro e barato?
Com a perda de poder de compra dos portugueses devido à inflação, as famílias portuguesas começam a sentir dificuldades para aguentar o aumento dos encargos mensais – contas da luz, gás, mensalidade da casa, gastos do dia a dia, entre outros. A consequência direta destes aumentos está espelhado no aumento drástico dos pedidos de crédito pessoal.
De julho para agosto deste ano, segundo os dados do Banco de Portugal, tivemos um aumento de 5,2% em contratos de crédito pessoal sem finalidade, lar ou consolidado – o que representa mais de 306 milhões de euros em empréstimos concedidos. Se formos comparar com os dados do ano passado (2021) o Banco de Portugal diz-nos que houve uma subida de 29,4% em montantes contratados.
O facto de hoje em dia haver pouca burocracia associada no processo de solicitação de um crédito pessoal pode ter contribuído também para este aumento. Todavia, a pressa para obter um empréstimo destes moldes pode levar as pessoas a assinarem contratos com taxas de juro e condições pouco favoráveis.
Como Pedir um Crédito Online Barato?
Antes de mais, o consumidor deverá procurar os melhores créditos rápidos online em entidades registadas no Banco de Portugal. Desta forma, saberá que o pedido de crédito é seguro e confiável. Para isso, basta ir à secção de Instituições Autorizadas no Banco de Portugal e digitar o nome da entidade.
Já em relação aos créditos mais baratos é de referir que as propostas fornecidas pelas instituições variam conforme o perfil de crédito do consumidor. Por exemplo, se o consumidor tiver desempregado ou não apresentar rendimentos suficientes para conseguir pagar a prestação mensal, as entidades irão recusar o pedido.
Saber se tem rendimentos suficientes pode, contudo, não ser uma tarefa fácil. Isto porque cada instituição tem as suas próprias regras. No entanto, podemos dizer que se apresentar uma taxa de esforço mensal superior a 40% – significa que a relação do esforço entre os seus rendimentos e os seus encargos mensais são bastante elevadas, então o expectável é que a financeira reprove o crédito.
Para diminuir as probabilidades de isso acontecer é importante que o consumidor esteja informado e consiga baixar as taxas de juro aplicadas:
- Selecionar Finalidade de Crédito – quem solicita um crédito com finalidade pré-definida consegue taxas de juro mais baixas. No mercado, existem créditos pessoais com finalidade de obras para casa, formação, saúde, energias renováveis, férias, entre outros.
- Prazo de Pagamento – a tendência no momento de solicitar um crédito é de pedir um prazo de pagamento mais alargado para poder obter uma prestação mensal consideravelmente mais baixa. Contudo, quanto maior o prazo de pagamento, mais caro irá sair o mesmo. É aconselhável que as pessoas procurem o equilíbrio entre o que podem pagar mensalmente e o valor total a pagar;
- Procurar Várias Propostas – sendo um caso urgente, o consumidor pode tender a assinar um contrato de crédito com a instituição financeira que já é cliente – sem antes pesquisar outras alternativas. É aconselhável fazer simulações em várias instituições e comparar as propostas;
- Montante Solicitado – no momento de pedir um crédito, pode também existir a tentação de pedir mais do que o necessário como forma de prevenção. No entanto, é de lembrar que, quanto mais altos forem os valores pedidos à instituição, mais caro irá ficar o crédito.
Direitos e Deveres do Consumidor ao Pedir Um Crédito
Pedir um crédito requer um compromisso com uma instituição financeira. Este compromisso é descrito na Ficha de Informação Normalizada que a entidade responsável é obrigada a entregar ao consumidor.
Daqui, destacamos um dos direitos mais importantes para o consumidor. O facto de, mesmo após contratação do crédito, poder revogar o contrato no prazo de 14 dias, sem necessidade de invocar o motivo, nos termos do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 133/2009 de 2 de junho.
Em relação aos deveres, realçamos que, se o consumidor entrar em incumprimento com a entidade, poderá ver o seu nome entrar na lista de devedores do Banco de Portugal, o que o impede, logo em primeira instância, de solicitar novos empréstimos em todas as instituições em Portugal. Além disso, para regularizar a situação terá de pagar uma taxa de Juro de Mora a acrescer ao valor montante vencido e não pago.
Por isso, não caia no erro de solicitar um empréstimo urgente sem extrema necessidade e sem ter garantias que irá conseguir cumprir com as exigências legais do contrato.