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Comerciantes e foliões à espera do Regulamento da Aldeia do Carnaval

Os comerciantes do centro da cidade de Ovar, em especial proprietários de estabelecimentos de diversão nocturna, enviaram uma carta à Câmara Municipal de Ovar solicitando medidas para algumas iniciativas que acontecem quase todos os fins-de-semana na Aldeia do Carnaval.

Os comerciantes queixam-se que a abertura da Aldeia do Carnaval e as festas que por lá se realizam estão a retirar a clientela do centro da cidade, considerando que tal pode configurar concorrência desleal.

O vereador da Câmara Municipal de Ovar, Alexandre Rosas, que tem o pelouro do Carnaval, confirma a recepção da missiva e adianta que a “resposta para esta questão pode estar no Regulamento da Aldeia do Carnaval que está a ser preparado”.

O autarca está convicto que documento vai colocar alguma ordem nos eventos que por lá decorrem e, além disso, “servirá também para as pessoas que vão precisar de trabalhar naquele espaço”.

Por outro lado, Alexandre Rosas lembra também que, no momento da inauguração da Aldeia do Carnaval e da entrega das chaves aos grupos de Carnaval e Escolas de Samba, foram assinados contratos de comodato que “não permitem a existência de uma economia paralela”.

O autarca desdramatiza a questão: “O regulamento que está a ser feito não vem proibir nada nem resolver directamente estas queixas”. Aliás, Rosas recorda que “nada do que tem sido feito na Aldeia do Carnaval é novidade para quem anda no carnaval, pois todos sabemos que as escolas de samba, por exemplo, todos os anos fazem a apresentação dos sambas de enredo e a eleição da Madrinha da Bateria e dos destaques em festas muito concorridas”.

O vereador acrescenta que a única diferença é que “antes estas comemorações aconteciam nas antigas sedes que eram dispersas pela cidade, enquanto que actualmente estão acontecer todas concentradas num só sítio, que é a Aldeia do Carnaval e, por isso, parece que é uma novidade”.

O vereador da Cultura da Câmara Municipal de Ovar mostra-se solidário com o mau momento que o comércio atravessa, nomeadamente a hotelaria, “e há a tendência para encontrar culpados, quando a crise é mais profunda”.

Aliás, Alexandre Rosas diz que uma das preocupações do seu pelouro é esta e por isso, está a “trabalhar na programação cultural deste Natal para animar a cidade e a economia local”.

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