Centros comerciais pedem apoio às rendas para os lojistas
Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) apresentou ao Ministério da Economia um pedido para que o Estado apoie directa e indirectamente o pagamento de rendas pelos lojistas, segundo um comunicado. Isto porque os apoios criados pelo Governo para as rendas comerciais não estão disponíveis para as lojas localizadas dentro dos centros comerciais.
A entidade remeteu à tutela “um pedido de apoio semelhante ao praticado na grande maioria dos países europeus, em que o Estado contribui directamente para o pagamento da renda do lojista ou indiretamente através de apoios aos lojistas dos centros comerciais”, para que “consigam fazer face aos seus custos fixos, nomeadamente as rendas, à semelhança do que existe para o comércio de rua”, lê-se na mesma nota. A APCC apela ainda a que a restauração presente nos centros comerciais possa “realizar serviço de take-away, à semelhança dos restaurantes de rua”.
A associação considera “fundamental que como condição da atribuição de apoios às rendas haja uma obrigação de manutenção de postos de trabalho e que Portugal adote critérios de atribuição de apoios, tal como é feito em praticamente todos os restantes países europeus” para “assegurar que os apoios sejam de facto destinados a quem realmente precisa”.
A associação espera que sejam assim implementadas “medidas existentes para outros setores”, que eliminem o que considera ser “a discriminação a que os centros comerciais estão a ser sujeitos em Portugal”.
Na mesma nota, o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos, disse que “o setor dos centros comerciais não pode continuar a ser discriminado em relação a outros setores económicos. Este é o único que tem suportado os custos da pandemia, apoiando financeiramente os lojistas, sobretudo através das rendas, sem qualquer apoio do Estado, ao contrário do que acontece com o comércio de rua”.
“Também não entendemos como é que em espaços com segurança reconhecida por várias instituições não se permite que os restaurantes possam fazer serviço de take-away, ao contrário dos restaurantes de rua. Não se entende esta discriminação”, remata.