CDS:Raul Almeida pressiona Governo sobre erosão da costa
Raul Almeida, deputado do CDS eleito por Aveiro, quer respostas do Governo sobre a “verdadeira tragédia” que se abateu sobre o litoral do distrito, em particular no Furadouro, em Ovar.
O parlamentar, que esta semana enviou um pedido de esclarecimentos ao ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, observa que “cabe a todos os agentes políticos da região, nos seus diferentes cargos, um esforço permanente para manter este importante assunto na ordem do dia” e garantir que seja uma “prioridade governativa”.
“A urgência de soluções duradouras deve ser um desígnio de todos”, afirmou ontem ao Diário de Aveiro. No documento dirigido a Jorge Moreira da Silva, que recentemente visitou a zona costeira de Aveiro, nomeadamente as praias de Esmoriz, Cortegaça, Furadouro e Barra, Raul Almeida adverte para a “severidade dos estragos e impactos” na região e questiona sobre quais as medidas que foram já concretizadas ou que estão planeadas para “mitigar os danos causados”.
O deputado centrista, vice-presidente da comissão distrital do partido, lembra que o ministro referiu que, no âmbito do Plano de Intervenção de Protecção do Litoral, “serão concedidas autorizações de investimento no valor de cinco milhões de euros com o objectivo de requalificar várias zonas do país afectadas pelo mau tempo”. “Quais destas medidas estão previstas implementar no concelho de Ovar e restante zona costeira do distrito de Aveiro?”, pergunta, querendo também saber qual o calendário de execução dessas medidas.
Por outro lado, Raul Almeida expressa a sua concordância com o ministro do Governo PSD/CDS sobre a necessidade de “proceder a uma revisão da estratégia nacional de protecção da zona costeira face à reavaliação de alguns riscos”. Na opinião do deputado, trata-se de uma “prioridade” que implicará olhar para a gestão do litoral de uma “forma integrada”, com vista a “preparar e dotar o país de um instrumento de gestão capaz de responder e adaptar-se aos novos riscos, mas também a uma maior magnitude e severidade de futuros fenómenos climáticos extremos com que teremos de conviver, fruto dos impactos das alterações climáticas”. (in Diário de Aveiro)