Entre Ovar e Campo Maior, unidos pelo amor ao futebol
Aposentado há três anos, regressou a Ovar e já tem tempo para acompanhar a sua Ovarense. Não perde um jogo de futebol ou de basquetebol do clube da sua terra. Mas é pelo futebol que o seu coração bate mais forte.
António Canário completou ontem 70 anos de idade. Aqui estão as suas raízes, foi aqui que tudo começou e ninguém diria que este vareiro de gema deixaria a sua marca… no Campomaiorense.
No clube alentejano, Canário desempenhou o cargo de técnico de equipamentos e todos o adoravam. “É à conta de profissionais como ele que os clubes dão boa imagem quando se apresentam no relvado. É a gente desta grandeza que o futebol muitas vezes não reconhece a sua verdadeira dimensão, preferindo ignorá-los como se eles não fossem parte integrante e importante na vida dos clubes”, escreveu Paulo Canhão, no livro “O Futebol no seu íntimo”, num capítulo dedicado a António Canário.
O autor não tinha dúvidas: “Canário era a alma e coração dentro do Campomaiorense. Ali, na sua parcela, como disse um dia: trabalhava-se ao nível do Barcelona, Real Madrid ou Bayern de Munique”.
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