As buscas na Ria terminaram sem encontrar o corpo da grávida de sete meses de gestação desaparecida há mais de dois meses da Murtosa, tendo a família de Mónica Silva excluído hoje mais uma das hipóteses quanto à esperança que continua a acalentar.
Mas os familiares da mulher desaparecida, Mónica Silva, não esmorecem, tendo anunciado que continuarão não só a seguir os desenvolvimentos do processo criminal sob investigação da Polícia Judiciária de Aveiro, como os próprios mantêm as buscas.
Os trabalhos desenvolvidos pela empresa Xavi-Sub, sediada na Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, com o apoio e a supervisão da Capitania do Porto de Aveiro, concluíram que Mónica Silva, de 33 anos, não estará nesta zona mais a Norte da Ria de Aveiro.
Numa prova de responsabilidade social, a empresa Xavi-Sub empenhou todos os seus meios, em solidariedade com a Família Silva, da Murtosa, detetando através de sonar mais de uma dezena de imagens que poderiam corresponder a um corpo humano.
Mas concluiu-se, entretanto, que nenhum de todos os pontos minuciosamente observados pelos mergulhadores profissionais tinha algum vestígio de corpo humano, sendo aquela área do Estreito da Varela das mais propícias para retenção de um cadáver.
A Ponte da Varela seria, por outro lado, um local a partir de onde poderia ter sido atirado o corpo de Mónica Silva, residente na Murtosa, além de um ponto de passagem entre a moradia e o apartamento de férias do principal suspeito, Fernando Valente.
O empresário Fernando Valente, de 38 anos, divorciado, residia com os pais, Manuel Marques Valente e Rosa Cruz Valente, numa vivenda perto do Cais da Béstida, na freguesia de Bunheiro, da Murtosa, em cujas traseiras passa um dos braços da Ria.
Por outro lado, o apartamento de férias da Família Valente-Rosa, onde Fernando Valente se encontraria com a desaparecida e se suspeita tenha sido assassinada, situa-se na Travessa Manuel Borras, na Torreira, a maior freguesia do concelho da Murtosa.
Joaquim Gomes