BE questiona governo sobre descargas poluentes ilegais, o assoreamento e o modelo de gestão da Ria
A zona do Carregal, em Ovar, em marés vivas, fica durante bastante tempo inacessível para a navegação, nomeadamente para os muitos jovens que fazem desportos náuticos na Ria. O Bloco de Esquerda questionou o governo sobre as acessibilidades de navegabilidade na Ria às associações que dinamizam a actividade de jovens e propõe que as dragagens em curso e outros trabalhos possam dar resposta a este problema.
O Bloco de Esquerda tem recebido várias denúncias de descargas poluentes ilegais para a Ria e pergunta ao governo se as entidades competentes têm averiguado a sua origem e quais os procedimentos que têm desenvolvido para findar os focos poluentes.
O partido voltou a questionar novamente o Ministério do Ambiente sobre o modelo de gestão para a Ria de Aveiro. Após uma questão do Bloco em dezembro, o governo respondeu em abril apenas que “estão a ser estudados os melhores modelos para a gestão da Ria de Aveiro. Tendo em conta o processo de descentralização de competências que se encontra em curso, a solução terá de ter em conta este novo enquadramento”. O Bloco de Esquerda considera essencial a transparência e discussão do novo modelo a aplicar à Ria e lamenta que tal não esteja a acontecer. O Bloco considera que não se pode abrandar na protecção ambiental nem na dimensão nacional da Ria.
O Bloco de Esquerda quer ainda a inclusão dos sapais e pradarias marinhas no Roteiro para a Neutralidade Carbónica dada a sua enorme capacidade de captura de carbono. Considera que dessa forma será possível a implementação de medidas mais robustas para a preservação e destes ecossistemas e para a resposta climática. Esta é uma das medidas que o Bloco tem defendido que considera essencial para uma maior protecção ambiental da Ria de Aveiro. Nesse sentido, considera que as dragagens em curso devem ter um especial cuidado na sua protecção.